Detalhes do Documento

Prevalência, fatores associados à dor e qualidade de vida relacionada à saúde em pessoas que vivem com HIV/aids

Autor(es): Pereira, Aliny Cristini

Data: 2018

Origem: Oasisbr

Assunto(s): HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Dor; Qualidade de vida relacionada à saúde; Depressão; Acquired Immunodeficiency Syndrome; Pain; Health-related quality of life; Depresión; CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM


Descrição

Não recebi financiamento

People living with HIV/aids have several persistent symptoms that develop during the course of illness, with pain being one of those symptoms that may be related to changes in health and mood-related quality of life. The objective of this study was to analyze the prevalence of pain in 302 people living with HIV / AIDS, aged between 18 and 59 years old, who were treated at a specialized care service in a city in the interior of the state of São Paulo, and analyzed their relationship with depressive symptoms and health-related quality of life. A sociodemographic questionnaire, a clinician, the Patient Health Questionnaire-9, the Brief Pain Inventory and the HIV/Aids Targeted Quality of Life were used as instruments. The data collection period occurred from January to July 2017. Concerning pain, 59.27% of the subjects reported pain, of mild intensity, recurrent in the region of the head and with interference in mood. Pain was significantly correlated with sex (p = 0.0038), schooling (p = 0.0001), time of antiretroviral treatment (p = 0.0448), prevalence of depressive symptoms (p <0.0001), quality (p <0.0001), health concern (p <0.0001), financial concern (p <0.0001), HIV acceptance (p = 0.0021), life satisfaction), concern about secrecy (p = 0.0021) and sexual activity (p = 0.0009). As for multiple logistic regression, the increase in one point in the overall score of the HIV/Aids Targeted Quality of Life instrument decreased the chance of pain reports (OR = 0.96, p <0.0001) by 4%. Women had a 79% higher chance of reporting pain (OR = 1.79, p = 0.03) and when the variable health-related quality of life was disregarded, women reported 89% more pain than men (OR = 1.89, p = 0.017). On the levels of this pain, women were 2.07 times more likely to report moderate or severe pain than men (OR = 2.07, p = 0.014). As for schooling, people living with HIV / AIDS with a higher level of school education presented a 35% less chance of reporting pain (OR = 0.65, p = 0.922). People living with HIV / AIDS who scored ≥ 9 on the PHQ-9 instrument had a chance to report 2.11 times greater than those who scored <9 (OR = 2.11, p = 0.004) and 2, 48 times more likely to be moderate and severe (OR = 2.48, p = 0.002). People living with HIV / AIDS above 49 years of age presented complaints of pain ranging from moderate to severe, approximately 4 times more than young people (reference ≤ 29 years) (OR = 3.85, p = 0.008). As income increased, there was a decrease in the claim for moderate and severe pain (OR = 0.21, p = 0.038). In general, we can conclude that the prevalence of pain in the studied population is related to a worse level of health-related quality of life and to the development of depressive symptoms.

As pessoas que vivem com HIV/aids apresentam diversos sintomas persistentes que são desenvolvidos no decorrer da doença, sendo a dor um desses sintomas que pode estar relacionada com alterações na qualidade de vida relacionada à saúde e no humor. Objetivou-se nesse estudo analisar a prevalência de dor em 302 pessoas que vivem com HIV/aids, na faixa etária de 18 a 59 anos, atendidas em um serviço de atendimento especializado de uma cidade do interior do estado de São Paulo e analisar sua relação com sintomas depressivos e qualidade de vida relacionada à saúde. Utilizou-se como instrumentos um questionário sociodemográfico, um clínico, o Patient Health Questionnaire-9, o Brief Pain Inventory e o HIV/Aids Targeted Quality of Life. O período de coleta dos dados ocorreu de janeiro à julho de 2017. No que diz respeito à dor, 59,27% dos indivíduos referiram dor, de intensidade leve, recorrente na região da cabeça e com interferência no humor. A dor correlacionou-se significativamente com sexo (p = 0,0038), escolaridade (p = 0,0001), tempo de realização do tratamento antirretroviral (p = 0,0448), prevalência de sintomas depressivos (p<0.0001), qualidade de vida relacionada à saúde nos domínios função geral (p<0.0001), satisfação com a vida (p<0.0001), preocupação com a saúde (p<0.0001), preocupação financeira (p<0.0001), aceitação do HIV (p = 0.0021), preocupação com o sigilo (p = 0.0021) e atividade sexual (p = 0.0009). Quanto à regressão logística múltipla, o aumento em um ponto no score geral do instrumento HIV/Aids Targeted Quality of Life diminuiu em 4% a chance de relatos de dor (OR = 0,96, p<0,0001). As mulheres apresentaram 79% de chance superior aos homens de relatar dor (OR = 1,79, p = 0,03) e quando desconsiderou-se a variável qualidade de vida relacionada à saúde, as mulheres passaram a relatar dor 89% a mais do que os homens (OR = 1,89, p = 0,017). Sobre os níveis dessa dor, as mulheres apresentaram 2,07 vezes mais chances de relatarem dores moderadas ou intensas do que os homens (OR = 2,07, p = 0,014). Quanto a escolaridade, pessoas que vivem com HIV/aids com maior nível de formação escolar apresentaram 35% menos chance de relatar dor (OR = 0,65, p = 0,922). As pessoas que vivem com HIV/aids que tiveram pontuação ≥ 9 no instrumento PHQ-9, possuíram chance de relatar dor 2,11 vezes maior do que as que pontuaram <9 (OR = 2,11, p = 0,004) e 2,48 vezes mais chances dessas dores serem moderadas e severas (OR = 2,48, p = 0,002). Pessoas que vivem com HIV/aids acima de 49 anos apresentaram queixas de dores que variaram de moderada a severa, aproximadamente 4 vezes mais do que pessoas jovens (referência ≤ 29 anos) (OR = 3,85, p = 0,008). À medida que a renda aumentava existia diminuição da alegação de dores moderadas e severas (OR = 0,21, p = 0,038). De maneira geral, podemos concluir que a prevalência de dor, na população estudada, tem relação com um pior nível de qualidade de vida relacionada à saúde e com o desenvolvimento de sintomas depressivos.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados