Autor(es):
Sepulveda, Nuno ; Malato, João ; Winck, João Carlos ; Carneiro, António Vaz ; Hoffman, Joan Serra ; Branco, Jaime
Data: 2024
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/102541
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): COVID-19; Complications; Chronic; Fatigue syndrome; Post-acute COVID-19 syndrome
Descrição
Faz mais de quatro anos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o início da pandemia de COVID-19. Agora, a doença já não é considerada uma prioridade de saúde pública em Portugal. Contudo, este período de maior acalmia tem revelado um outro problema já reconhecido pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pela comunidade médica portuguesa: alguns indivíduos continuam a manifestar vários sintomas após a aparente resolução da infeção pelo novo coronavírus. Alguns desses indivíduos parecem entrar numa fase crónica dos seus sintomas. Quando a duração dos sintomas atinge a barreira dos três meses, esses indivíduos recebem um diagnóstico de ‘COVID longa’ ou de ‘condição pós-COVID-19’. O quadro clínico desses pacientes é bastante variável, podendo prevalecer um cansaço persistente e profundo sem razão aparente e um mal-estar após atividades físicas, mentais e emocionais. Em particular, esse mal-estar pós-esforço (post-exertional malaise ou PEM) só desaparece ao fim de mais de 24 horas, o que sugere um processo lento de recuperação por parte do organismo. Os doentes de COVID longa podem também relatar a presença de cefaleias, problemas de concentração, perdas de memória, dispneia, entre outros sintomas.