Autor(es):
Santos, Inês Dias ; Oliveira, Cristina M. ; Oliveira, Pedro Brás de
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/26950
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): protected cultivation; Loch Ness; substrate culture
Descrição
A cultura da amora encontra-se em expansão em Portugal, pelo que se torna necessária a otimização da produção e qualidade através da gestão correta das plantas. O principal objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da variação da densidade de lançamentos (6, 8, 10, e 12 lançamentos por vaso) e do espaçamento entre vasos (0,50; 0,70; 0,85 e 1,00 m com uma densidade de 12 lançamentos) nos parâmetros produtivos e biométricos da cultura. Plantas da cultivar Loch Ness produzidas segundo a tecnologia long-cane, foram instaladas em dois ensaios em cultura protegida no sudoeste alentejano. No primeiro ensaio, onde se aferiu o efeito da variação da densidade de lançamentos no vaso, verificou-se que o aumento do número de lançamentos por metro linear conduziu a um aumento da produção de cerca de 64%, mas também à diminuição do peso médio do fruto e do respetivo teor em sólidos solúveis. No segundo ensaio, onde se aferiu o efeito da variação do espaçamento entre vasos, mantendo uma densidade de 12 lançamentos por metro linear, observou-se que o aumento da competição por espaço não trouxe efeitos negativos à produção, exceto no tratamento de 1,00 m. A percentagem de refugo foi menor (cerca de 7%) com o aumento do espaçamento. A nível biométrico, ambos os ensaios foram semelhantes, com a emergência dos ramos laterais a dar-se maioritariamente em lançamentos secundários e terciários, nos quais se obteve, também, maior número de frutos colhidos. De acordo com os resultados, em termos gerais, o tratamento que melhor se adequa à obtenção de melhores produtividades, é o tratamento de 12 lançamentos por metro linear com espaçamentos de 0,85 m entre vasos. No entanto, são necessários estudos mais aprofundados, com maior número de repetições e homogeneidade do material vegetal ensaiado, a fim de se poder afirmar com maior certeza qual a densidade ideal para a produção de amoras no sistema long-cane, durante o período de inverno, no sudoeste alentejano.