Autor(es): Fontoura, Paula ; Roque, Fátima
Data: 1995
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/27312
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Economia de transição; Teoria económica; Política económica; Relações internacionais; Angola
A transformação de uma economia de direcção central numa economia de mercado (economia em transição) tem-se revelado uma tarefa complexa. Existe o consenso de que a transformação destas economias, sujeitas a uma prolongada ausência de incentivos de mercado, tem que ser orientada, através de um programa com medidas devidamente articuladas e perspectivadas no tempo. Mas a teoria económica não dispõe de receitas "prontas", e a experiência do passado é, por enquanto, insuficiente. É possível recolher algumas lições em economias que de um certo grau de planificação transitaram para economias de mercado, como foi o caso da Alemanha depois da guerra ou da Espanha nos anos 70, e em casos de sucesso económico impulsionado pelo Estado em economias com um aparelho produtivo débil, encontrados no Leste Asiático. Na América Latina existem também experiências importantes em matéria de reformas pró-mercado ao longo da década de 80. Porém, o que está em causa, e aqui reside a U novidade" da questão, é a transformação de economias onde prevaleceu o antagonismo em relação aos mecanismos e incentivos de mercado - caso da maioria das economias africanas, da Europa do Leste, e ainda da China e outras economias asiáticas. No ponto I, formulamos algumas directrizes para a formulação de um programa de transformação económica de uma economia em transição. No ponto II, fazemos uma aplicação à economia angolana .
