Author(s):
Trindade, Josélia de Souza
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/27562
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Inquérito nacional de saúde;; saúde e género;; estado de saúde;; saúde das populações;; determinantes da saúde;; National health survey;; health and gender;; health condition;; populations health;; health determinants.
Description
Esta dissertação teve como objetivo analisar os indicadores de saúde na população portuguesa, numa perspectiva de género, a partir do 1º Inquérito Nacional de Saúde Exame Físico, realizado em 2015 (INSEF-2015). Método: Foram utilizados dados do relatório do Inquérito Nacional de Saúde (n=4911), que combina entrevista pessoal, colheita de sangue e exame físico. As variáveis selecionadas dizem respeito ao estado de saúde (diabetes, tensão arterial alta, colesterol total, excesso de peso e obesidade). Estas foram ligeiramente comparadas com os Inquéritos Nacionais de Saúde de 2005/2006 e 2014, e com estudos anteriormente realizados na população portuguesa sobre os dados dos últimos inquéritos. Resultados: No período analisado (2005 – 2015), a diabetes foi mais prevalente entre os homens, enquanto a hipertensão arterial alta foi mais prevalente entre as mulheres, exceto no inquérito no INSEF-2015. O colesterol total foi investigado a nível nacional apenas no INSEF-2015, cujo resultado mostrou uma pequena diferença entre homens e mulheres de 1 ponto percentual, tendo os homens maior frequência. O excesso de peso e a obesidade tiveram um aumento de 1.9 ponto percentual do inquérito de 2005/2006 para o inquérito de 2014. O excesso de peso ocorreu principalmente entre as mulheres, essa diferença foi maior em comparação ao INSEF-2015, tendo os homens com maior frequência de obesidade abdominal. Em conclusão, dentre as variáveis analisadas, os dados INSEF-2015 aponta para maior prevalência entre os homens, e não entre as mulheres, como mostram nas avaliações autorreportadas nos inquéritos anteriores que não tinham exame físico. As mulheres são mais propensas a ter uma condição de saúde pior de acordo a autoavaliação, o que pode ser um grande viés na saúde entre homens e mulheres na população portuguesa.