Author(s):
Cunha, I. F. ; Martins, Carla ; Cabrera, Ana
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/28289
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Project/scholarship:
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F05021%2F2020/PT;
Subject(s): cobertura televisiva da pandemia, comunicação de saúde pública, covid-19, Portugal, jornalismo
Description
A pandemia de covid-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde a 11 de março de 2020, teve um impacto imediato no quotidiano das sociedades globalizadas. No ocidente, a doença desafiou a democracia e as liberdades individuais e cívicas, ao mesmo tempo que demonstrou a centralidade do Estado e dos governos na gestão da crise. Para a concretização das orientações emanadas pelos responsáveis políticos, foram centrais as estratégias e dispositivos comunicacionais de executivos governamentais e autoridades sanitárias, assim como a sua capacidade para influenciar a agenda dos media dominantes. Este artigo objetiva refletir sobre as estratégias de comunicação utilizadas pelo governo português na gestão da crise e os seus reflexos na cobertura jornalística televisiva, analisada a partir de um estudo empírico que incide sobre os 3 primeiros meses da propagação do vírus em Portugal. Utiliza-se uma metodologia de análise de conteúdo, quantitativa e qualitativa, com base em categorias unívocas pré-determinadas sistematizadas no programa Excel. Inicia-se a exposição apresentando alguns elementos de enquadramento político, social e comunicacional que envolvem o desenrolar da pandemia ao longo do ano de 2020, no mundo e em Portugal. Em seguida, sintetizam-se tendências e estratégias de comunicação de organizações internacionais e nacionais. Por fim, os resultados da análise empírica são apresentados, discutidos e interpretados da perspetiva das estratégias de comunicação das instituições de saúde pública sobre a cobertura jornalística da pandemia.