Author(s):
Firmino, Cristina ; Frade, Maria ; Antunes, Ana ; Sousa, Luis ; Marques, Maria ; Simões, Maria
Date: 2020
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/29350
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Estudantes de Enfermagem; Sistema Musculoesquelético; Educação em Saúde; Ensino Superior; Revisão Sistemática; Enfermagem do Trabalho; Medicina do Trabalho; Saúde Ocupacional.
Description
Enquadramento A sintomatologia musculoesquelética afeta muitos indivíduos, independentemente da sua idade, sexo e contexto socioeconómico. Os estudantes de enfermagem, desde que iniciam a sua formação vivenciam condições de trabalho semelhantes às do enfermeiro, com a mesma exposição aos fatores que podem desencadear a sintomatologia musculoesquelética. Objetivo Identificar a prevalência e os fatores de risco da patologia musculosquelética nos estudantes do curso de licenciatura em enfermagem. Material e Métodos Revisão sistemática da literatura, com pesquisa na plataforma EBSCOHost®, CINAHL ,MEDLINE e BVS, no período de janeiro de 2010 a março 2019. Os descritores utilizados foram: (Students, nursing AND Musculoskeletal diseases OR Musculoskeletal disorders AND Prevalence). Resultados e Discussão Obteve-se um total de nove (9) artigos que cumprem os critérios estabelecidos. A sintomatologia que foi auto reportada pelos estudantes de enfermagem teve maior prevalência na região cervical e pescoço, seguida pela região lombar e dorsal, punho, ombros e mãos. Destacam ainda que os estudantes apresentam sintomatologia musculoesquelética em, pelo menos, uma região corporal. Os parâmetros que mais contribuíram para esta questão foram o género feminino, idade, esforços repetitivos, movimentação manual de cargas, ansiedade e stress académico desde o primeiro ano. A maioria dos artigos sugere que os estudantes de enfermagem estão expostos, desde o início do curso, aos mesmos riscos que foram identificados nos enfermeiros. Conclusões A taxa de prevalência e os fatores associados da sintomatologia musculosquelética identificados sugere a necessidade de uma intervenção nos estudantes de enfermagem logo desde o início do curso. É necessário capacitá-los com conhecimentos para a prevenção e minimização desta problemática que tem repercussões no seu futuro profissional e bem-estar geral. Só com a contribuição de vários agentes de saúde pública conseguiremos travar esta situação. Assim, sugere-se a utilização de estratégias de saúde ocupacional tais como a promoção de exercício físico, rastreios de saúde, gestão de ansiedade e stress e melhorias das condições de sala de aula, de forma a contribuir para o bem-estar tanto a nível físico como mental destes estudantes e, posteriormente, de futuros enfermeiros.