Autor(es): Santos, José Manuel
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/24239
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Filosofia; Ricoeur, Paul, 1913-2005; Apel, Karl-Otto, 1922-; Spaemann, Robert
Autor(es): Santos, José Manuel
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/24239
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Filosofia; Ricoeur, Paul, 1913-2005; Apel, Karl-Otto, 1922-; Spaemann, Robert
Ponto de partida do artigo é a ideia de que a filosofia moral moderna está excessivamente centrada na questão da fundamentação absoluta da norma moral, o que contrasta com a ética antiga, virada para uma hermenêutica do bem e movida por motivações perfeccionistas do sujeito. Procede-se a uma análise crítica das razões deste esforço teórico de fundamentação. Uma razão essencial está no facto de a razão moderna interpretar a moralidade no sentido de uma pura racionalidade auto-referencial, ou seja como uma simples não-contradição. Não implicará a atitude moral, o “ser moral”, um elemento de “crença” (Nietzsche)? A partir desta questão é problematizada a adequação do ideal moderno (cartesiano) de “cientificidade” à racionalidade prática. Procede-se a uma análise crítica das fraquezas da mais recente versão de fundamentação, que se pretende “absoluta”, a de Karl-Otto Apel. São analisados, em seguida, projectos éticos de dois autores contemporâneos, Paul Ricœur e Robert Spaemann, que, apesar de afirmarem o “primado da ética” (Ricœur) de tipo teleológico, não prescindem de conferir algum sentido à questão, pós-cristã e moderna, da moralidade. A concluir, são avançados alguns elementos de resposta às questões enunciadas no título do artigo.