Autor(es): Marques, Diana Granado
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/26532
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Epilepsia; Gravidez; Obstetrícia; Ginecologia
Autor(es): Marques, Diana Granado
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/26532
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Epilepsia; Gravidez; Obstetrícia; Ginecologia
Introdução: A epilepsia afecta 0,5% da população e 0,3 a 0,7% das gravidezes ocorrem em mulheres com epilepsia, sendo o seu acompanhamento clínico um desafio. Com este estudo pretendemos comparar a experiência da nossa consulta de medicina materno-fetal com o descrito na literatura. Material e métodos: Foram analisadas retrospectivamente 56 gestações em 43 mulheres com epilepsia entre Março/2006 e Janeiro/2016. Para tal, foram recolhidos dados demográficos e dados relativos ao curso da doença e às complicações obstétricas e perinatais, através da consulta de processo clínicos. Resultados: Dezoito (32,14%) gravidezes foram planeadas, sendo que destas 100% estiveram sob monoterapia e 94,4% não tiveram exposição a valproato. Doze grávidas (21,4%) suspenderam a medicação durante a gravidez e 24 (42,9%) tiveram crises durante a gravidez, das quais 11 (45,8%) tinham tido crises nos 3 meses pré-concepção. Registámos 2 casos (3,6%) de HTA transitória da gravidez, 4 (7,1%) de hemorragia na gravidez e 3 (5,4%) no pós-parto, 5 (8,9%) partos pré-termo, 9 (20,5%) cesarianas, 11 recém-nascidos (25,0%) leves para a idade gestacional e 7 (15,9%) malformações: Síndrome de Arnold-Chiari; tetralogia de Fallot, hipertrofia biventricular ligeira, 2 pequenas comunicações interventriculares, 1 microcefalia e 1 retrognatismo. Conclusão: Este estudo reforça a importância do planeamento e acompanhamento clínico da gestação em mulheres com epilepsia. Apesar do número reduzido de gestações analisadas, a maioria dos resultados está de acordo com o descrito na literatura.