Autor(es): Ferreira, Soledade Mariana Batista de Sousa, 1992-
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/29537
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Epilepsia; Gravidez; Obstetrícia; Ginecologia
Autor(es): Ferreira, Soledade Mariana Batista de Sousa, 1992-
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/29537
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Epilepsia; Gravidez; Obstetrícia; Ginecologia
A epilepsia representa a patologia neurológica mais comum na gravidez e é definida pela presença de crises convulsivas não provocadas e recorrentes que obriga a um tratamento diário com fármacos antiepiléticos (FAE). A incidência da epilepsia é de 0,3-0,5% em diferentes populações em todo o mundo. Os desfechos obstétricos e neonatais nas mulheres com epilepsia (MCE) são geralmente piores quando comparados com as mulheres sem epilepsia. Não se sabe ainda se é devido à epilepsia per se ou aos FAE. Há uma preocupação generalizada sobre os riscos teratogénicos colocados pelos FAE. Tendo em conta que mais de metade das gestações de MCE não são planeadas deve haver uma educação continuada destas mulheres para que a melhor escolha de FAE seja feita antes da gravidez. Durante a gravidez, os médicos têm a difícil tarefa de garantir o controlo das convulsões, minimizando possíveis efeitos adversos dos FAE no feto tendo ainda em conta os desfechos obstétricos e neonatais. O objetivo desta revisão literária da informação existente até à data é fornecer uma atualização relativamente à orientação das mulheres com epilepsia, antes e durante a gravidez. E esperamos que a compreensão de como a epilepsia altera a gravidez contribua para atenuar as consequências desta doença.