Author(s):
Nabais, António Jorge Soares Antunes
Date: 2019
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/38760
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Crianças; SDQ; Desastre; Suplementação do papel; Psicodrama e Sociodrama; Transições; Intervenção terapêutica de prevenção.
Description
Introdução: Ocorreu em Tomar um tornado que destruiu uma escola, encontravam-se no interior 136 crianças, educadoras de infância, professoras e pessoal não docente. Os adultos levantaram a possibilidade das crianças poderem vir a desenvolver problemas de saúde mental. Pertinência e Relevância do Estudo: Sabendo que na Região Europeia uma em cada cinco crianças apresenta evidência de problemas de saúde mental e a maioria não recebe tratamento especializado, foi elaborado um plano de investigação‐ação personalizado para identificar junto das 136 crianças, o risco de desenvolver problemas de saúde mental. Objetivos do estudo: Implementar um plano de prevenção em saúde mental, constituído por três etapas distintas. A primeira etapa tem como objetivo conhecer a dimensão do desastre e realizar triagem. A segunda etapa tem como objetivo desenvolver uma intervenção terapêutica de prevenção. A terceira etapa é de follow‐up. Métodos: Entrevistas de grupo; triagem e follow-up com instrument Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ); adaptação cultural para Portugal do questionário de seguimento SDQ – follow-‐up; desenhos e narrativas sobre desenhos, sujeitos a análise de conteúdo; intervenção terapêutica de prevenção. Resultados: Das 103 crianças, 43 (41,7%) apresentavam risco de possível ou provável perturbação mental, 42 integraram a intervenção terapêutica de prevenção. Das 38 crianças que realizaram follow-‐up, 17 diminuíram o risco de possível ou provável perturbação mental. Da avaliação, a maioria significativa dos pais e professores consideraram que as crianças melhoraram, diminuindo o risco. Conclusões: O SDQ mostrou ser útil na triagem e follow‐up. Foi possível realizar triagem em contexto escolar. A prevenção em contexto escolar é viável e com boa adesão. A intervenção terapêutica de prevenção parece ser mais benéfica para crianças com possível ou provável evolução para perturbação da conduta.