Author(s):
Santos, Jéssica Cristina Fonseca
Date: 2018
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/42223
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Tumores do estroma gastrointestinal; Imatinib neoadjuvante; Tumores do estroma gastrointestinal rectal
Description
Os tumores do estroma gastrointestinal (GISTs) são neoplasias raras correspondendo a cerca de 0.1-3% das neoplasias malignas gastrointestinais. Neste trabalho final de mestrado reporta-se um caso de GIST rectal, que corresponde a 2-3% dos GISTs. Sabe-se que a cirurgia é o tratamento de primeira linha em tumores ressecáveis e a sua resseção completa é a abordagem mais eficaz para redução da recorrência do tumor e melhoria de prognóstico. No entanto, a resseção completa do GIST rectal pode ser difícil, quer por critérios de dimensão ou razões anatómicas, sendo difícil a preservação de órgão. É nesse âmbito que se inclui a terapêutica neoadjuvante como ponte para a resseção primária com o objetivo de redução de morbilidade associada à cirurgia e para preservação de órgão. Neste caso clínico, demonstra-se que a terapêutica neoadjuvante com imatinib é, não só segura, mas também eficaz na redução das dimensões do tumor e na redução da morbilidade associada à cirurgia. A duração do tratamento neoadjuvante com imatinib ainda não está bem definida. No presente caso, uma mulher, de 64 anos, foi diagnosticada com GIST rectal com dimensões de 32mm x 37 mm x 43mm (eixo longitudinal/antero-posterior/transversal) na ressonância magnética (RMN). Após discussão na reunião de Grupo de Cirurgia Colorectal do Hospital Fernando da Fonseca a doente iniciou tratamento neoadjuvante com imatinib 400 mg/dia que manteve durante nove meses e meio tendo apresentado uma redução de 71% do volume do tumor na RMN realizada ao fim de 5 meses de tratamento. Foi realizada cirurgia com resseção completa, margens R0 e preservação do reto.