Author(s):
Queiroz, João ; Rodrigues, Luís ; Duarte Piña, Olga María ; López Carrasco, Carmen ; Dias, Andreia ; Rocha, Ana ; Lampert, Jociele ; Sousa, Ana ; Duarte, Maria Luísa ; Ferreira, Joana Simões ; Lima, Carla ; Ramos, Maria da Conceição Fernandes ; Silva, Leide Fausta Gomes da ; Figueiredo Vieira Da Cunha, Eduardo ; Cidade, Daniela Mendes ; Rocha, Ana Mafalda Conde da ; Cabeleira, Helena ; Schvambach, Janaina ; Oliveira, Elisabete Silva ; Campos, Ricardo ; Huerta, Ricard
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/50891
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Arte; Estudo e Ensino; Periódicos
Description
Arte invisível: A relação entre arte e sociedade é mediada pelos artistas e pelos educadores. Entre uns e outros há um segredo que nenhum deles partilha. Os artistas conseguem ensinar as gerações que ainda não nasceram, os educadores conseguem dar sentido aos novos públicos que já nasceram, aqui e agora, e formar os novos artistas. Não devia ser assim tão difícil falar de arte, ou melhor, de educação artística. Poderia ser mais transparente a sua necessidade, devia ser óbvia a sua utilidade, devia ser evidente o seu benefício. Porque é tão elusiva? Porque foge do aprisionamento das didáticas? A chave encontra-se do lado dos professores, pela razão de serem eles a formar os públicos e a formarem os próprios artistas de entre estes públicos. A exigência torna-se clara, o investimento na formação exige novidade, introspeção, inovação, crítica, criaçã. A educação artística olha-se de modo renovado, espantado, interventivo, inovador: está tudo por fazer, suspeitam os seus agentes, ao mesmo tempo que os decisores dela desinvestem continuadamente, visando indicadores contáveis. As cargas horárias são reduzidas, confunde-se criatividade com empreendedorismo, cultura com capital. Tem-se assim um contexto de crise na Educação Artística, que é também o desafio. Para isso pede-se um professor que possa ser ao mesmo tempo artista e criador, uma formação mais profissionalizada nos domínios artísticos, uma maior intervenção dos artistas junto das escolas, um apoio às redes colaborativas e às intervenções de disseminação.