Author(s):
Pereira, Filipa Maria Sá
Date: 2020
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/52424
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Doença de Parkinson; Tratamento; Camellia sinensis; Ginkgo biloba; Curcuma longa; Mestrado integrado - 2020
Description
Nos últimos séculos houve uma grande evolução na saúde e uma crescente melhoria na qualidade de vida, com um consequente aumento da esperança média de vida e, por sua vez, um aumento da prevalência das doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson. A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, crónica e progressiva que se caracteriza pela disfunção e, consequente perda seletiva dos neurónios dopaminérgicos da substância nigra pars compacta, bem como, pela anormal acumulação de inclusões proteicas de alfa-sinucleína, conhecidas como corpos de Lewy, nos neurónios sobreviventes. Estão associados a esta doença sintomas característicos e muito restritivos como: o tremor de repouso, a rigidez, a acinesia ou bradicinesia e a instabilidade postural. Os fármacos convencionais fornecem um alívio sintomático limitado, com um elevado número de reações adversas associadas e sem a capacidade de evitar a progressão da doença, daí que os doentes recorram a terapias alternativas, onde se incluem as plantas medicinais. Os produtos naturais concedem uma alternativa promissora, uma vez que a maior parte dos metabolitos secundários das plantas apresentam efeitos moleculares ou farmacológicos específicos com efeito neuro protetor na doença de Parkinson. Este efeito neuro protetor referese aos mecanismos envolvidos na proteção do sistema nervoso central contra as lesões neuronais, preservando a integridade neuronal e a sua função, o qual só é possível devido a capacidade de os componentes atravessarem a barreira hematoencefálica. A presente revisão bibliográfica aborda três plantas medicinais designadas por: Camellia sinensis e Curcuma longa, as quais apresentam como principais componentes a epigalocatequina 3-galato e a curcumina I, respetivamente, bem como Ginkgo biloba, mais especificamente o extrato de Ginkgo biloba 761. É a estes componentes e extracto que é associada a maior parte das propriedades medicinais destas plantas que exercem a sua ação neuro-protetora através de uma variedade de mecanismos biológicos, entre os quais: a atividade anti-oxidante, a ação anti-quelante, a atividade anti-inflamatória, a modulação das vias de sinalização celular e a inibição da alfa-agregação.