Autor(es):
Botelho, Andrea Zita ; Torres, Paulo ; Costa, Ana Cristina ; Ventura, Maria Anunciação ; Silva, Francisco
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/55665
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Canyoning; Turismo de natureza; Património natural; Geodiversidade
Descrição
A atividade de canyoning iniciou-se nos Açores em 2004, tendo vindo a ganhar cada vez mais expressão, consubstanciada num aumento do número de praticantes ao longo dos anos. As caraterísticas únicas deste território insular, e em particular o seu património natural, justificam a procura crescente da prática do canyoning nos Açores, com maior incidência nas ilhas de São Miguel, Flores e São Jorge. Esta atividade assenta na realização de percursos ao longo de cursos de água e cascatas, usando várias técnicas de progressão como saltos, rapel e tobogãs, proporcionando um misto de adrenalina e aventura, num cenário paisagístico único, refletido na monumentalidade da geodiversidade e riqueza única da biodiversidade. Ainda há muito para conhecer acerca do valor paisagístico e natural associado a estas atividades nos Açores, mas a singularidade dos recursos, como os numerosos cursos de água que correm nalguns troços em desníveis de cota consideráveis, inter calados por lagoas de águas mais calmas em diferentes altitudes, e a proximidade da costa e do oceano, proporcionam uma experiência turística difícil de igualar noutras geografias. Com base na informação obtida através de entrevistas aos responsáveis das empre sas de canyoning na região, foi analisada a tendência da representatividade desta atividade no contexto do turismo de natureza, e caracterizaram-se os principais percursos, nomeadamente considerando a singularidade dos recursos (e.g., paisagem, vegetação, geodiversidade), acessos e nível de dificuldade. Apesar das excelentes condições e qualidade dos serviços oferecidos, verificou-se existir ainda um importante potencial de desenvolvimento da atividade de Canyo ning na região, que se apresenta como uma oportunidade para um melhor apro veitamento turístico dos recursos hídricos, e uma estratégia de desenvolvimento económico tirando partido dos atrativos naturais locais, relevantes no contexto das microeconomias das ilhas.