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Evolução dos hábitos de prescrição de terapêutica anticoagulante na FA : impacto da introdução dos DOACs

Autor(es): Mestre, Nilton Viegas

Data: 2023

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/65304

Origem: Repositório da Universidade de Lisboa

Assunto(s): Fibrilhação auricular; Acidente vascular cerebral; Anticoagulantes orais diretos; Prescrição; Antagonistas da vitamina K


Descrição

A Fibrilhação Auricular (FA) constitui a arritmia cardíaca mais prevalente, afetando cerca de 9% da população portuguesa com 65 ou mais anos. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a complicação mais frequentemente relacionada com a FA e a principal causa prevenível de morbi-mortalidade nestes doentes, sendo a recomendação de anticoagulantes orais (ACO), preferencialmente os anticoagulantes orais diretos (DOACs) em relação aos antagonistas da vitamina K (AVK), a estratégia de prevenção primária major para esta complicação. De acordo com as recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia, têm recomendação para ACO todos os doentes com um score CHA2DS2-VASc ≥2 no homem e ≥3 na mulher. Visto que a incidência de episódios de AVC de origem cardioembólica triplicou nas últimas décadas e vários estudos revelam ainda uma taxa subótima de anticoagulação nos doentes com FA, torna-se imperiosa a necessidade de estudar os hábitos de prescrição de ACO em doentes com FA. Objetivos: Investigar os hábitos de prescrição de ACO em doentes com FA, no período após a introdução dos DOACs na prática clínica, bem como explorar fatores que influenciem a escolha terapêutica. Métodos: Estudo observacional, retrospetivo. Foram incluídos 348 doentes internados em um Serviço de Medicina de um hospital universitário e terciário, com o diagnóstico de FA, durante o período compreendido entre janeiro e dezembro de 2018. Os dados foram recolhidos através da consulta de notas de alta. Definido como outcome primário calcular a taxa de prescrição de ACO, em concordância com as recomendações, no momento de alta médica dos doentes internados. Resultados e discussão: Apurou-se que 70,7% dos doentes com recomendação, de acordo com o score CHA2DS2-VASc, tiveram alta com ACO, sendo a prescrição de DOACs dominante (69,5% doentes), principalmente do apixabano, e a prescrição de AVK menos relevante (25%). A idade, o grau de dependência e a existência de diagnóstico de FA prévia/de novo influenciaram a taxa de ACO à alta. Conclusão: Apesar da maioria dos doentes ter alta anticoagulado, conclui-se que ainda existe uma importante margem para melhorar os hábitos de prescrição de ACO, principalmente quanto ao inicio de terapêutica anticoagulante.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório Científico de Acesso Aberto da ULisboa; Aguiar, Patrício Ricardo da Terra
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