Autor(es): Moura, Ricardo Miguel Dias, 1984-
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11067/3273
Origem: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Assunto(s): Lugar (Filosofia) na arquitectura; Espaço (Arquitectura)
Autor(es): Moura, Ricardo Miguel Dias, 1984-
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11067/3273
Origem: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Assunto(s): Lugar (Filosofia) na arquitectura; Espaço (Arquitectura)
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2007
Exame público realizado em 21 de Novembro de 2007
A tese pretende demonstrar por intermédio da análise de vários teóricos da arquitectura, e obras, as abordagens da arquitectura em relação ao lugar e qual o seu papel de validação de um território numa perspectiva global de enraizamento da obra arquitectónica. Assim estudou-se historicamente as influências internacionais, como Alvar Alto através das suas obras na procura da harmonia entre o lugar / materialidade e arquitectura (Genius Loci), e os princípios para o surgimento da contemporaneidade por intermédio de Fernando Távora, através do Inquérito á Arquitectura Popular Portuguesa em 1955. Influenciado inicialmente por Távora, Siza é um arquitecto que se debruça sobre a "problemática" do lugar, e isso é visível através de obras como as Piscinas de Leça da Palmeira, onde o desenho procura uma ancoragem minuciosa e suave às pré-existências (rochas), gerando um espaço de mediação entre o mar e a terra. No entanto é no banco em Vila do Conde que se dá uma nova perspectiva e abordagem por Siza à questão da validação do elemento arquitectónico numa perspectiva global (urbana) de ligação ao lugar, e validação de um território. Ou seja a arquitectura não procura um simples enraizamento, mas sim o remate e validação do contexto global onde se insere, mesmo que para isso seja colocada num segundo plano. Tal tomada de consciência é posteriormente visível no Chiado, onde a abertura dos pátios gera vida e enquadramentos de forte ligação á envolvente, através das memórias que o lugar já por si evoca. A arquitectura contemporânea surge desta forma num contexto de respeito pelas memórias, promovendo um discurso de enraizamento numa perspectiva global, colocando-se por vezes num segundo plano por via a validar o contexto de um lugar, a aceitação desta debilidade é assim o seu gesto de maior peso.