Autor(es):
Machado, Helena ; Silva, Susana ; Costa, Susana ; Miranda, Diana Catarina Oliveira
Data: 2011
Identificador Persistente: https://hdl.handle.net/1822/54494
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Paternidade; Intencionalidade; DNA; Género; Moralização; Paternity; Intentionality; Gender; Moralization
Descrição
Este artigo aborda as modalidades de intencionalidade da paternidade construídas por mulheres e homens que realizaram testes de DNA ordenados por tribunais, em Portugal, para apuramento da paternidade biológica de crianças sem ‘pai oficial’. Partindo de uma perspectiva feminista, analisa-se o impacto das ideologias de género na mediação da intenção de desempenhar o papel de pai, na negociação de relações de parentesco e nos processos sociais e morais de classificação e hierarquização dos indivíduos. Conclui-se que a incorporação do conhecimento do resultado do teste de DNA nas práticas quotidianas de homens e mulheres constitui uma co-produção complexa entre as relações sociais de género, a cultura, a tecnologia e o sistema jurídico.