Author(s): Dourado, Luís ; Nunes, Inês ; Leite, Laurinda
Date: 2022
Persistent ID: https://hdl.handle.net/1822/80945
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Educação em ciências; Ensino online; Contexto COVID-19; Perspetivas de professores; Atividades de campo; Atividades laboratoriais; Science education; Online teaching; COVID-19 context; Teachers’ perspectives; Field activities; Laboratory activities; COVID-19
No início de 2020, a pandemia COVID-19 atingiu o mundo e, de repente, as pessoas tive-ram que mudar a sua forma de viver, de se relacionar e de trabalhar. O confinamento impediu o funcionamento das escolas, mas logo se percebeu que as aulas não podiam parar, sobretudo pelo bem da saúde mental dos alunos. Isso representou um desafio pa-ra os professores: forçou-os a envolverem-se no ensino a distância, algo novo, que nem os próprios professores nem os alunos estavam acostumados a fazer. O desafio era ainda maior no caso das disciplinas escolares com componente prática, laboratorial ou de campo, já que não era mais possível os alunos realizarem atividades no laboratório ou ter aulas fora da escola. Este estudo analisa o modo como os professores de ciências en-frentaram este desafio, como avaliam as alternativas às atividades de campo e de labo-ratório utilizadas e como veem o ensino de ciências na era pós-pandemia, em relação a essa questão. Um questionário online, direcionado aos professores de ciências, foi envi-ado às escolas com 2º ciclo, 3º ciclo e secundário e 389 professores de ciências, dos refe-ridos níveis de ensino, responderam ao mesmo. Os dados recolhidos no final do ano leti-vo 2020/21 mostram que a maioria dos participantes no estudo procurou alternativas para os tipos de atividades em causa, bem como formação, e utilizou uma diversidade de ferramentas digitais como alternativa ao campo e ao laboratório. Apesar de alguns pro-fessores reconhecerem vantagens educacionais nas alternativas digitais, a maioria dos participantes no estudo apontou limitações educacionais significativas no uso das mes-mas. Consequentemente, a maioria dos professores não está disposta a continuar a utili-zar alternativas digitais ao campo e ao laboratório após a pandemia. No entanto, algu-mas dessas alternativas podem ser úteis no futuro, à medida que se tornam mais realis-tas na sequência dos avanços tecnológicos.
