Autor(es): Botica, Natália
Data: 2024
Identificador Persistente: https://hdl.handle.net/1822/92950
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Arte rupestre; Idade do ferro; Sistemas de informação geográfica; Repositórios de acesso aberto; Rock art; Iron age; Geographic information systems; Open access repositories
Na região do Vale do Côa, em Portugal, a arte rupestre da Idade do Ferro constitui um importante legado cultural, embora ainda se saiba pouco sobre esta expressão artística e as comunidades que a produziram. O projeto RARAA (Repositório de Arte Rupestre de Acesso Aberto) tem como objetivo principal estudar a arte rupestre e procurar compreender melhor os contextos das comunidades que criaram estas gravuras. Para centralizar e analisar os dados dos sítios arqueológicos da região, o projeto usou o Sistema de Informação 2ArchIS desenvolvido na Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, tendo incorporado nova informação relevante para o projeto. Um foco particular foi dado ao sítio arqueológico do Alto das Malhadas, referenciado como possível sítio da Idade do Ferro, onde foram recolhidos fragmentos de cerâmica artesanal e identificados blocos de pedra que sugerem a presença de recintos muralhados. Situado num maciço granítico perto do rio Douro, a proximidade deste sítio a outros locais importantes da Idade do Ferro motivou uma intervenção arqueológica para melhor compreender o local e suas conexões culturais. O projeto também investigou a arte rupestre da Idade do Ferro empregando a fotogrametria para documentar rochas e painéis, bem como para desenhar os motivos. Com o uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e a base de dados 2ArchIS de caracterização de motivos, foi possível criar um catálogo detalhado desses motivos rupestres e análises espaciais desses motivos nos painéis e nas diversas rochas estudadas. Para facilitar o acesso e a interação com este património, foi desenvolvida uma aplicação de realidade aumentada para a Rocha 7 do Vale de José Esteves. Esta aplicação permite aos utilizadores vivenciar a visita à rocha tanto virtualmente quanto presencialmente, enriquecendo a experiência educativa e de divulgação. Para assegurar a continuidade deste trabalho e a reutilização dos dados do RARAA noutros projetos ou em novas interpretações, os conjuntos de dados foram colocados num repositório de acesso aberto (DataRepositoriUM). Além disso, integrou-se a Web Semântica ao projeto, transformando os dados em Linked Open Data, promovendo a interoperabilidade com outros repositórios nacionais e internacionais e ampliando as possibilidades de pesquisa e colaboração.
