Autor(es):
Carvalho, Joana Isabel de Sousa
Data: 2024
Identificador Persistente: https://hdl.handle.net/1822/93276
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Auto-expatriação; Ajustamento cultural; Brasileiros em Portugal; Self-initiated expatriation; Cultural adjustment; Brazilians in Portugal
Descrição
O tema da presente dissertação incide nos autoexpatriados brasileiros e o seu ajustamento cultural em Portugal. Estes são indivíduos que apresentam um nível de iniciativa pessoal elevado, pois optam por se mudar além-fronteiras por espontânea vontade, muitas vezes não em busca de uma evolução na carreira, mas sim como uma forma de desenvolvimento pessoal. Esta mobilidade internacional expus os autoexpatriados a diversos desafios, como tal, existe uma necessidade de integração, ou seja, os autoexpatriados passam por um processo de ajustamento cultural. O estudo teve como base a revisão da literatura e posteriormente a realização de entrevistas semiestruturadas a 15 autoexpatriados brasileiros residentes em Portugal. Através da informação recolhida foi executada uma análise dos dados de acordo com as temáticas: experiência de auto expatriação, ajustamento no contexto de trabalho, ajustamento no contexto da sociedade mais ampla e perspetivas futuras de auto-expatriação. Com a realização da investigação, foram identificadas as principais motivações dos autoexpatriados, como o desenvolvimento pessoal e profissional, as condições económicas e de segurança. Portugal destacou-se como um destino atrativo devido a facilidade de documentação para entrar no país, laços familiares e a possibilidade de obter a nacionalidade portuguesa. Na sua preparação, os autoexpatriados brasileiros demostraram interesse na busca de informação sobre arrendamento, trabalho, custo de vida, burocracia, cultura e educação, utilizando para tal a internet e as redes sociais. No que toca à adaptação cultural, a perceção por parte dos autoexpatriados é positiva, tendo uma fase inicial mais atribulada com a necessidade de superarem barreiras e desafios, como o idioma, a criação de vínculos mais profundos com os portugueses e diferenças culturais e de gestão no trabalho português. No que toca à permanência, alguns desejam estender a estadia, enquanto outros procuram sair graças à insatisfação profissional e procura de melhores oportunidades. Este estudo contribuir para conhecer melhor a realidade dos autoexpatriados brasileiros a viver em Portugal, relevante para equacionar políticas de Gestão de Recursos Humanos que facilitam a inclusão dos autoexpatriados brasileiros no mercado de trabalho português.