Detalhes do Documento

Megapróteses revestidas a prata

Autor(es): Gameiro, D ; Freitas, J ; Judas, F

Data: 2019

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.4/2220

Origem: Repositório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Assunto(s): Próteses e Implantes; Prata; Materiais Revestidos Biocompatíveis; Implante de Prótese; Desenho de Prótese; Infecções Relacionadas à Prótese


Descrição

As endomegapróteses representam cada vez mais uma solução cirúrgica em situações de perdas ósseas significativas no contexto da cirurgia oncológica, em cirurgia reconstrutiva traumática e em cirurgia de recolocações de próteses articulares. Todavia, estão sujeitas a diferentes tipos de complicações que podem levar, a curto ou a longo prazo, à sua falência mecânica. A principal e mais devastadora é a infeção periprotética (IPP). Esta complicação desenvolve-se, uma vez que a alargada superfície da prótese permite a colonização bacteriana, com produção de biofilme, tornando a infeção difícil de erradicar. A prata, aliando a sua ação antibacteriana à baixa toxicidade, tem sido utilizada para revestir estas MP com o intuito de prevenir e tratar esta complicação. Apesar disso, efeitos adversos relacionados com a prata, como a argiria local, já foram descritos. A implantação de megapróteses revestidas a prata (MPR) é uma opção cirúrgica relativamente recente, no entanto a sua utilização parece estar associada a uma menor incidência da IPP, bem como a um tratamento mais eficaz e menos agressivo desta complicação, quando comparada com o uso de megapróteses não revestidas (MPNR). A implantação de MP tem demonstrado bons resultados funcionais e não parece haver diferença entre doentes com MPR e doentes com MPNR. Quanto à argiria, o desenvolvimento desta complicação parece ser idiossincrático, uma vez que não foi encontrada relação com a massa de prata da prótese utilizada, nem com os níveis séricos de prata iónica (Ag+). No entanto, são precisos mais estudos, preferencialmente prospetivos, controlados e randomizados, com grupos de doentes mais numerosos, com maiores períodos de recuo clínico, sobretudo na área da cirurgia de trauma e revisão de prótese para confirmar estes resultados, para que no futuro as MPR sejam a escolha de eleição sempre que as MP estejam indicadas.

Tipo de Documento Capitulo
Idioma Português
Contribuidor(es) RIHUC
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados

Não existem documentos relacionados.