Autor(es):
Barbosa, Juliana Pacheco
Data: 2020
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10362/103104
Origem: Repositório Institucional da UNL
Assunto(s): Energia solar; Brasil; Políticas Públicas; Sistemas isolados; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia do Ambiente
Descrição
A intensificação do uso de recursos naturais que caracterizou os últimos setenta anos leva a humanidade a enfrentar um dos seus maiores desafios: as alterações climáticas decorrentes do aumento da emissão de gases de efeito estufa. A mitigação destas alterações encontra na descarbonização dos processos produtivos, incluindo a produção e consumo de energia, um dos pontos cruciais, pois neste consiste a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa. Economias em desenvolvimento, como o Brasil, projetam uma demanda crescente de eletricidade até 2050 e, portanto, uma necessidade de expansão da oferta. Dentre as alternativas para atender esta demanda, a energia solar tem tido um papel limitado e um grande potencial subaproveitado. A questão que se coloca neste trabalho é “quando” e “como” este potencial pode ser aproveitado. Foi construído um modelo de otimização de longo prazo em escala horária para o sistema energético brasileiro, que indica uma forte participação custo-eficaz da fonte solar de 2030 até 2050, ultrapassando a geração hídrica. Investigou-se que o aumento histórico da geração distribuída não leva a uma perda de qualidade no serviço da rede elétrica. Sugere-se um conjunto de mecanismos de incentivo ao investimento em geração solar com base em experiências nacionais e internacionais. Finalmente, avalia-se a viabilidade da energia solar para sistemas isolados na Amazônia, a partir de experiências correntes, aliadas com um modelo de simulação para avaliar uma futura hibridização de sistemas já existentes. A pesquisa combina avaliação de trajetória histórica com análise bibliográfica e exercícios propositivos de expansão futura. Este trabalho demonstra a viabilidade técnica e financeira do uso de energia solar em larga escala, no sistema integrado brasileiro e em sistemas isolados. O cenário favorável de viabilidade técnica e financeira, só por si, é insuficiente para o uso de energia solar em larga escala, sendo necessário acomodar aspetos político-regulatórios para que a decisão do investidor se concretize e aproveite o grande potencial solar no Brasil.