Author(s):
Varela, Raquel ; della Santa, Roberto
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/162498
Origin: Repositório Institucional da UNL
Project/scholarship:
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F04004%2F2020/PT;
Subject(s): Artes e ofícios; Expropriação dos artesãos; Portugal contemporâneo; Corporações medievais
Description
UIDB/04004/2020
Neste ensaio debatemos a expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo, com destaque para a génese do processo na época oitocentista, durante a transição para o capitalismo em Portugal, depois de 1820. Destacamos o processo de expropriação, a dinâmica social — entre as formas históricas de trabalho pré-capitalistas e capitalistas — e, finalmente, fazemos uma análise crítica da analogia, realizada no período do Estado Novo, entre as guildas medievais e o corporativismo ditatorial da autocracia burguesa (1926-1974), defendendo que o sistema corporativo encerrava em si uma autonomia e democracia real do trabalho autorregulado na era medieval que não existiu no Estado Novo ou, via de regra, noutras fases contemporâneas, incluindo a mais recente. Neste sentido, trata-se de uma revalorização das artes e dos ofícios medievais a partir de uma perspetiva metodológica fundamentada na centralidade do trabalho vivo.