Author(s):
Eickhoff, H.C.
Date: 2024
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/180276
Origin: Repositório Institucional da UNL
Project/scholarship:
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F04647%2F2020/PT;
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDP%2F04647%2F2020/PT;
Subject(s): Chicago School; Urban space; Human Ecology; Epic theatre
Description
UIDB/04647/2020 UIDP/04647/2020
Este artigo utiliza a peça de teatro de Brecht Santa Joana dos Matadouros como cenário para analisar criticamente a abordagem da ecologia humana pela Escola de Chicago que se caracterizava pelo foco nas condições ambientais e temporais da existência humana, dando primazia à uma visão biologista e competitiva das relações sociais. No contexto da cidade de Chicago durante e após a Primeira Guerra Mundial, e tendo em conta a importância contemporânea da indústria da transformação de carnes, alega que académicos como Park, Burgess e McKenzie, dando ênfase às “leis da natureza”, informaram (e foram informados por) um processo recíproco entre preconceitos e crenças existentes e a investigação académica que acabou por moldar uma noção de espaço urbano e de ‘gueto’ onde a segregação de negros, indígenas e pessoas de cor acaba por se concretizar até hoje. Por outro lado, conceitos recentes em ecologia humana começam a abordar a complexidade das múltiplas dimensões do sistema urbano dentro de um quadro metodológico transdisciplinar e informado pela ciência pós-normal.