Author(s):
Calado, Mariana Carvalho
Date: 2018
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/68145
Origin: Repositório Institucional da UNL
Project/scholarship:
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/UID%2FEAT%2F00693%2F2013/PT;
Subject(s): Crítica musical; Crítico de música; Redes de contacto; imprensa periódica portuguesa
Description
UID/EAT/00693/2013
Ao longo da primeira metade do século XX, uma parte significativa da imprensa periódica publicada em Portugal incluía secções de arte e espectáculos, nas quais muitas vezes se inseriam textos de crítica musical. Tanto jornais diários como periódicos de arte, literatura e cultura contavam com a colaboração de uma ou mais figuras, frequentemente externas à equipa de redacção do jornal/revista, que tinham por função assistir aos espectáculos musicais que lhes eram atribuídos e descrever o espectáculo e formular uma apreciação estética sobre o que tinham assistido. Nos anos 1920/30/40, nomes como os de Luís de Freitas Branco, Francine Benoît, Rui Coelho, Fernando Lopes-Graça, Hermínio do Nascimento, Nogueira de Brito e Oliva Guerra, entre outros, contam-se entre aqueles que repartiam com o trabalho de compositor, músico, maestro ou professor, a escrita para a imprensa. Nesta comunicação procuro desvendar aspectos dos percursos de alguns dos críticos de música que colaboravam em periódicos editados em Lisboa no decorrer do segundo quartel do século XX. O tipo de relação que estabeleciam com os periódicos com os quais colaboravam, a formação musical que tinham (uma vez que nem todos os críticos que tenho identificado exerciam actividade na área da música), as profissões a que se dedicavam (pois para quase todos a escrita para a imprensa era uma segunda ocupação), e as redes de contactos que tinham, nomeadamente com a Associação de Classe/Sindicato Nacional da Crítica, serão alguns dos aspectos considerados e que contribuem para um esboço do perfil socio-profissional do crítico de música nesta época.