Autor(es):
Kerr,Ligia ; Kendall,Carl ; Silva,Antônio Augusto Moura da ; Aquino,Estela Maria L ; Pescarini,Julia M ; Almeida,Rosa Lívia Freitas de ; Ichihara,Maria Yury ; Oliveira,Juliane F ; Araújo,Thália Velho Barreto de ; Santos,Carlos Teles ; Jorge,Daniel Cardoso Pereira ; Miranda Filho,Demócrito de Barros ; Santana,Guilherme ; Gabrielli,Ligia ; Albuquerque,Maria de Fatima Pessoa Militão de ; Almeida-Filho,Naomar ; Silva,Natanael de Jesus ; Souza,Rafael ; Ximenes,Ricardo Arraes de Alencar ; Martelli,Celina Maria Turchi ; Brandão Filho,Sinval Pinto ; Souza,Wayner Vieira de ; Barreto,Maurício Lima
Data: 2020
Origem: Oasisbr
Assunto(s): COVID-19; Nordeste Brasileiro; Prevenção e Controle
Descrição
Resumo No Brasil, a pandemia da COVID-19 tem sido severa nos estados das regiões mais pobres, como o Nordeste. A falta de políticas nacionais para controle da pandemia levou as autoridades estaduais e municipais a implementarem medidas de saúde pública. O objetivo deste estudo é mostrar o efeito dessas medidas na epidemia. A maior incidência da COVID-19 entre os nove estados do Nordeste foi registrada em Sergipe, Paraíba e Ceará. O Piauí, a Paraíba e Ceará foram os que mais testaram. Muitos estados apresentavam alta proporção de pessoas em trabalho informal. Estados com aeroportos internacionais tiveram importante papel na entrada e disseminação inicial do vírus, em especial o Ceará. Todos os estados aplicaram medidas de distanciamento social, proibição de eventos públicos e fechamento de unidades de ensino. As respostas foram o aumento significativo de distanciamento social, em especial Ceará e Pernambuco, a queda do número de reprodução (Rt) e a separação da curva dos casos observados da curva dos casos esperados sem as intervenções não medicamentosas em todos os estados. A pobreza, a desigualdade e as altas taxas de trabalho informal fornecem pistas do porquê da intensidade da COVID-19 na região. Por outro lado, as medidas de mitigação tomadas precocemente pelos governantes amenizaram os efeitos da pandemia.