Autor(es):
Oliveira-Cardoso,Érika de ; Santos,Jorge dos ; Sola,Pamela ; Santos,Manoel Antônio dos
Data: 2022
Origem: SciELO Portugal
Assunto(s): Terapia online; Tecnologia da informação; COVID-19; Pandemia; Psicólogos; Profisisonais de Saúde; Saúde mental
Descrição
Resumo Este estudo se concentra na experiência do atendimento online realizado de forma emergencial por psicólogos nos estágios iniciais da pandemia de COVID-19. O objetivo é investigar as dificuldades enfrentradas durante a transição do atendimento presencial para a modalidade online. A coleta de dados foi realizada mediante formulário online com 55 questões. A amostra foi composta por 385 psicólogos brasileiros. Os dados foram tabulados e analisados qualitativamente, mediante análise de conteúdo. Os resultados foram agrupados em três categorias: a) Psicólogos que se recusaram a endossar a mudança para o formato online; b) Resistência de pacientes frente a passagem para a modalidade online; c) Especificidades encontradas na clinica infanto-juvenil. Os profissionais se sentiram inseguros na transição, sobretudo no atendimento de casos considerados graves. A maioria que atendia crianças/adolescentes optou por não oferecer atendimento online para essa clientela e parte dos que aceitaram este desafio deparou-se com a resistência dos pais. Os motivos apresentados pelos pacientes para não aceitação do atendimento remoto foram insegurança e falta de privacidade no ambiente doméstico. Conclui-se que os primeiros momentos da passagem para o online suscitaram desconfiança e insegurança tanto nos psicoterapeutas quanto nos pacientes. Os resultados auxiliam a repensar as práticas psicólogicas para além dos modelos clínicos tradicionais.