Autor(es): Silva, Cristiana ; Lima, Ana Cláudia ; Santana, Isabel ; Batista, Sonia
Data: 2024
Origem: SINAPSE
Assunto(s): COVID-19/complications; Myelitis, Transverse; SARS-CoV-2; COVID-19/complicações; Mielite Transversa; SARS-CoV-2
Autor(es): Silva, Cristiana ; Lima, Ana Cláudia ; Santana, Isabel ; Batista, Sonia
Data: 2024
Origem: SINAPSE
Assunto(s): COVID-19/complications; Myelitis, Transverse; SARS-CoV-2; COVID-19/complicações; Mielite Transversa; SARS-CoV-2
Myelitis is a rare neurological complication of COVID-19. We will describe a patient with post-COVID-19 myelitis manifesting as partial Brown-Séquard syndrome. A 33-year-old male presented with progressive weakness of the lower limbs, evolving over the previous week. Six weeks before, the patient had had COVID-19, from which he had already recovered. Neurological examination revealed right lower limb weakness and reduced pain sensation on the left lower limb, with a T5-T6 sensory level. Thoracic magnetic resonance imaging (MRI) revealed a right intra-medullary lesion spanning from T3 to T4 with T2 signal hyperintensity. Cerebrospinal fluid study was normal, and SARS-CoV-2 was undetected. After excluding active infection, the patient received methylprednisolone and the symptoms improved. One month later, the neurological exam was considered normal and there was a significant lesion reduction on MRI. SARS-CoV-2 infection should be considered as a possible aetiology for myelitis in all patients, even in those with mild infection or asymptomatic.
A mielite é uma complicação neurológica rara da COVID-19. Descrevemos o caso de um doente com mielite pós-COVID-19, que se apresenta como síndrome de Brown-Séquard parcial. Um doente do sexo masculino, 33 anos, recorre ao hospital por história de fraqueza progressiva dos membros inferiores com uma semana de evolução. Seis semanas antes, tinha tido COVID-19, entretanto recuperado. Ao exame neurológico, apresentava défice de força do membro inferior direito e hipostesia à esquerda, com nível sensitivo T5-T6. A ressonância magnética (RM) torácica revelou lesão intramedular hiperintensa direita em T3-T4. O estudo do líquido cefalorraquidiano foi normal e não foi detetado SARS-CoV-2. Após exclusão de infeção ativa, o doente iniciou metilprednisolona, observando-se melhoria clínica. Um mês depois, o exame neurológico era normal e houve marcada redução da lesão na RM. A infeção por SARS-CoV-2 deve ser considerada como uma possível etiologia de mielite em todos os doentes, mesmo naqueles com infeção ligeira ou assintomáticos.