Autor(es): Santos, Paulo César dos
Data: 2019
Origem: Oasisbr
Assunto(s): História; Historiografia; Ponto de vista econômico
Autor(es): Santos, Paulo César dos
Data: 2019
Origem: Oasisbr
Assunto(s): História; Historiografia; Ponto de vista econômico
Um observador, em inícios do século XX, olhando de forma retrospectiva para as exposições industriais do século XIX faz um balanço que nos lembra a máxima hegeliana onde “a coruja de Minerva vôa apenas no crepúsculo”. Em 1901, Geralt elaborava suas idéias em Les expositions Universelles au point de vue économique onde apresenta sua síntese sobre os eventos denominados Exposições Universais: A primeira vantagem e a mais importante que se tira das exposições, segundo seus defensores, consiste em um crescimento formidável de nosso comercio exterior. As exposições são o meio prático oferecido aos industriais de revelar os progressos que atingiram e de afirmar sua superioridade (...). As exposições oferecem um meio de propaganda excelente: bem mais que os prospectos, bem mais que os anuários, mais mesmo que os viajantes de comércio, elas são capazes de agir sobre o espírito da clientela possível e de produzir uma profunda impressão sobre o comprador do estrangeiro, que é posto em contato com o produto, permitindo-lhe examinar e comparar os produtos que ele ignorava e ignoraria sempre sem elas (GERALT apud TAKEYA: 1995, 27). Geralt apresentava o “ponto de vista econômico” como sendo uma questão central a ser percebida nos eventos expositivos, mas ele também enumera outra série de elementos que nos servem para entender as exposições. Anuários, viajantes, comparações e propagandas serviam como discursos que objetivavam e diziam sobre produtos, riquezas e objetos reunidos e mostrados ao público. Mostrava-se nestes eventos o progresso industrial e a superioridade das potências imperialistas, reservando assim um lugar para todas as nações do globo onde o ato de conhecer também era um fator político. [...]