Descrição
O trabalho visou avaliar os efeitos das classes sexuais e de restrições alimentares quantitativas em borregos da raça Morada Nova sobre o perfil de ácidos graxos. O experimento foi conduzido no Setor de Digestibilidade do Departamento de Zootecnia da UFC. Foram utilizados 35 cordeiros da raça Morada Nova, com aproximadamente 4 meses de idade e peso corporal médio de 14,5 ± 0,89 kg. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 3x3, sendo três classes sexuais(11 machos inteiros, 12 machos castrados e 12 fêmeas), e três níveis de restrição alimentar(0,30 e 60%). A ração foi composta por volumoso e concentrado na proporção de 60:40. Após 120 dias os animais foram abatidos e retiradas amostras do músculo Longissimusthoracis das meias carcaças esquerda, embaladas a vácuo e armazenadas a -20°C. Os ácidos graxos extraídos das amostras de carne foram convertidos em ésteres metílicos de ácidos graxos(FAMEs). A análise de FAMEs foi realizada em cromatógrafo gasoso com detector de ionização de chama. A identificação dos ácidos graxos foi realizada pela comparação entre os tempos de retenção de padrões de FAMEs comerciais e das amostras sob mesmo método de separação, ocorrendo a conversão de % para mg/100g de carne fresca. Houve interação(P<0,05) entre classe sexual e nível de restrição alimentar apenas sobre o ácido elaídico e o behênico. Houve efeito(P<0,05) de classes sexuais sobre o ácido linoléico e araquidônico. As carnes dos animais submetidos a 0 e 30% de restrição alimentar apresentaram valores semelhantes entre si e superiores às dos animais sob 60% de restrição sobre as concentrações dos ácidos palmítico, palmitoleico, esteárico, oléico e CLA e o inverso ocorreu com o ácido araquidônico e eicosapentaenóico. Pode-se concluir que o perfil lipídico da carne é menos favorável a saúde quando os animais são submetidos à restrição alimentar de 60%.