Description
Os altos índices de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS-s) ainda é uma realidade atual. As mãos são a principal via de transmissão de microorganismos durante à assistência prestada aos pacientes. Dessa forma, sua higienização, se realizada da forma correta, é considerada a medida mais eficaz para prevenir a propagação de infecções no ambiente assistencial. No entanto, a falta de adesão dos profissionais de saúde à esta prática vem sendo constatada ao longo dos anos e compromete a assistência prestada. O objetivo é relatar experiência de realização de auditoria da higienização das mãos no ambiente hospitalar com os profissionais de saúde. Trata-se de um relato, a partir da vivência de atividades no hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza-Ce, com uso de check-list de observação com as seguintes variáveis: oportunidade de realizar Higienização das Mãos (HM) e a técnica. O trabalho foi embasado nos manuais do Ministério da Saúde e os instrumentos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição. 330 observações foram realizadas e a taxas de adesão por categoria profissional foram: fisioterapeuta (77) oportunidades; enfermeira (68); técnico de enfermagem (157); médica (29). Percebeu-se que a taxa geral de adesão à prática de HM pelos profissionais de saúde, foi em fevereiro (33,33%); março (42,85%); abril (38%); maio (62,06%); junho (55%) e julho (96,20%). A categoria profissional que apresentou menor taxa de adesão foi a médica. A melhoria observada em maio de 2016 para a maioria das categorias deve-se, em parte, à realização de campanhas de conscientização à importância da higienização das mãos a partir deste mês. Entretanto, a adesão dos profissionais de saúde à prática de higienização das mãos ainda é considerada baixa, com exceção de julho. Deve-se continuar estimulando a conscientização da equipe à pratica da HM.