Autor(es):
Rufino, Leonardo Lopes ; Gamarra-Rojas, Guillermo ; Bandeira, Mary Anne Medeiros ; Souza, José Ribamar Furtado de ; Reis, José Newton Pires
Data: 2020
Origem: Oasisbr
Assunto(s): Extensão rural; Fitoterapia; Plantas medicinais; Políticas públicas
Descrição
Living Pharmacies (LPs) were conceived in Ceará and originated the Public Policy on Medicinal Plants and Phytotherapy, which has been seeking to revitalize this activity. The multi case study, based on content analysis, aimed to characterize the LPs of Fortaleza seeking to know their dynamics and the social actors and, analyze them in terms of innovation and compliance with policy regulations. LPs share similar contexts in areas of poverty and social marginalization. LPs are dedicated to the production, consumption and distribution of medicinal plants, and 30% also meet the SUS phytotherapics demand. Social actors established in policy are little evident, except for the Universidade Federal do Ceará and Nufito. Community, academics and patients, override partially and are simultaneously producers, transformation technicians and beneficiaries. Medicinal gardens are urban agriculture and space for learning and acquaintanceship, denoting its multifunctionality. The autonomy in the production chain suggests paying attention to the integrated cultivation of medicinal plants intercropped with vegetables and/or ornamental plants and the need to provide systemic extension services in the production, management and processing. Relationship between regulation and practice suggests to consider the innovations of social actors, for are these who can best provide feedback to policy.
A Farmácia Viva (FV) foi idealizada no Ceará e originou a Política Pública em Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, a qual vem buscando revitalizar essa atividade no Estado. O estudo de multi casos, baseado em análise do conteúdo, objetivou caracterizar as FVs de Fortaleza buscando conhecer a sua dinâmica e os atores sociais e analisá-las quanto à inovação e/ou conformidade com a Política Estadual. As FVs partilham contextos semelhantes, em áreas de pobreza e marginalidade social. Dedicam-se à produção, consumo e distribuição de plantas medicinais, e 30% também a atender à demanda de fitoterápicos do SUS. Os atores sociais previstos na Política estão pouco evidentes, exceto nas FVs da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Núcleo de Fitoterápicos. Comunitários, acadêmicos e pacientes, substituem aqueles parcialmente e se constituem simultaneamente em produtores, técnicos de transformação e beneficiários. Os hortos são agriculturas urbanas e espaço de aprendizagem e convivência, denotando sua multifuncionalidade. A relativa autonomia na cadeia produtiva implica em prestar atenção à produção integrada e a necessidade de se proporcionar assessoria sistêmica na produção, transformação e gestão. A relação entre normatização e prática sugere considerar as inovações dos sujeitos sociais, que são quem melhor pode retroalimentar a política.