Author(s):
Silva, Erika Maria Sousa ; Tillesse, Escarllet Alves de ; Oliveira, Rodrigo Ribeiro de ; Lima, Pedro Olavo de Paula
Date: 2021
Origin: Oasisbr
Subject(s): Joelhos - Ferimentos e lesões; Joelhos - Cirurgia; Lesões esportivas; Jiu-Jitsu; Fisioterapia
Description
Introdução: Devido à biomecânica dos golpes do Jiu-Jitsu e por este ser um esporte de contato, seus praticantes estão sujeitos a lesões decorrentes dos golpes e choques corporais contra o adversário. O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é o mais lesado devido ao mecanismo referido pelos atletas ao receber ou aplicar os golpes. Objetivo: Relatar o tratamento de um atleta amador de Jiu-Jitsu após reconstrução de LCA. Métodos: E.S.R.J., 21 anos, iniciou tratamento no 20º dia de pós-operatório, apresentando edema, joelho flexo (com déficit de amplitude para extensão) e hipotrofia muscular no membro lesionado (ML) comparado ao membro não lesionado (MNL). Deambulava com muletas sem descarregar peso sobre o ML. Os atendimentos foram realizados por extensionistas da Liga de Fisioterapia Esportiva (LIFE) duas vezes por semana durante sete meses, num total de 30 atendimentos. O tratamento consistiu em terapia manual, fortalecimento de membros inferiores (MMII), treinos de estabilidade e de gestos específicos do esporte. Parceria: Instituto de Educação Física e Esportes (IEFES) da Universidade Federal do Ceará. Resultados: O atleta teve alta fisioterápica em janeiro de 2016, sem queixas álgicas ou edema e com amplitude normal de joelho, marcha adequada e estabilidade semelhante em ambos os membros (déficit de 12,5% do ML comparado ao MNL). A força muscular de MMII não estava nos parâmetros ideais (déficit de 29,3% e 20,7% para extensão e flexão de joelho, respectivamente, no ML), então se optou por intensificar o fortalecimento com o acompanhamento de um profissional de educação físico em academia. Oito meses após a alta, foram reavaliadas a força (déficit de 5% e 7% para extensão e flexão de joelho, respectivamente, no ML) e a estabilidade (déficit de 33% no MNL, indicando que o ML se encontra mais estável), mostrando valores satisfatórios. Conclusão: A conduta fisioterapêutica adotada foi efetiva para a recuperação funcional e o atleta retornou ao esporte com sucesso.