Author(s): Reis, Lais Cunha dos ; Ribeiro, Kelen Gomes ; Cavalcante, João Victor Macedo ; Moreira, Pedro Cantal ; Vasconcelos, Mayko Jonathan de Souza ; Azevedo, Maria de Fatima Vitoriano de
Date: 2021
Origin: Oasisbr
Subject(s): Palhaçoterapia; Humanização dos serviços de saúde
Quando uma criança adoece, em geral, toda a família e a rede social de apoio ficam envolvidas neste processo, independente do caráter da doença, se aguda ou crônica, ou do tipo de tratamento oferecido, hospitalar ou domiciliar (ROSSI E RODRIGUES, 2007). Pensando em como minimizar esses efeitos e humanizar as relações entre os profissionais de saúde e os pacientes e acompanhantes, surgiu o Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde, um projeto de palhaçoterapia que tem em média 20 integrantes dos cursos de Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). O objetivo desse trabalho é investigar a influência da palhaçoterapia na rotina dos acompanhantes de crianças internadas na pediatria do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Na perspectiva da abordagem qualitativa, a coleta de dados foi realizada com entrevista semiestruturada com nove acompanhantes de crianças e adolescentes internadas no HUWC. Como resultado, observou-se uma avaliação positiva sobre a atuação do projeto Y. Os acompanhantes expressaram contentamento com a atuação dos palhaços no hospital, por possibilitarem a aproximação deles e das pessoas que estão acompanhando com o lúdico, propiciando descontração, mudança na rotina mais protocolar do hospital e, consequentemente, relaxamento e alívio do estresse, muito presente nos acompanhantes. A influência positiva da palhaçoterapia foi descrita com mais ênfase por aqueles que estão há mais tempo no hospital e que já tiveram toda a sua rotina modificada pela internação. Consideramos que isso ocorreu devido a um maior nível de cansaço presente naqueles que vivenciam a internação prolongada. Concluímos apontando para a importância da atuação do grupo de palhaçoterapia no HUWC com acompanhantes de pacientes internados como uma maneira de fortalecer os processos de humanização no local e nos serviços de saúde, devendo servir de referência para a implantação de outras práticas de cuidado.
