Author(s): Rodrigues, Mirian Jayane Leite ; Bleicher, Tais
Date: 2021
Origin: Oasisbr
Subject(s): Psicanálise infantil; Autismo em crianças; Psicologia
Author(s): Rodrigues, Mirian Jayane Leite ; Bleicher, Tais
Date: 2021
Origin: Oasisbr
Subject(s): Psicanálise infantil; Autismo em crianças; Psicologia
Introdução: trabalho realizado a partir de bolsa em um programa de extensão que realiza atendimentos psicanalíticos na Clínica Escola de Psicologia da UFC, em parceria com o INCERE. Tem como objeto a reflexão sobre o que se pode nomear, a partir de Psicanálise, “autismo”. Metodologia: realizou-se revisão bibliográfica, com ênfase no tratamento do autismo que contemplam a noção de sintoma, tempo, estruturação e posição em Psicanálise, tomando por base a palavra como forma de acesso ao Inconsciente e o brincar como representação simbólica das experiências sociais; e, ainda, análise de dados oriundos da experiência clínica, com vistas a propor uma resposta ao que se espera de um tratamento por essa via. Busca-se identificar às possibilidades e entraves encontrados nessa clínica. Resultados: prática clínica é construída ao mesmo tempo em que se desconstrói a imagem fantasiosa das crianças que me chegam com esse diagnóstico. Fazendo a história clínica sobre cada caso, convocam-se os cuidadores, sempre que necessário, a uma escuta, para assim poder compreender a dinâmica familiar, escolar e médica vivenciados pelos pacientes; pois, é preciso que os responsáveis também estejam implicados nesse tratamento, haja vista, que muito do sofrimento apresentado é particularmente dos pais/cuidadores. Portanto, partindo dessas questões que atravessam a prática e o desejo de transmitir o que se pode fazer em Psicanálise para esses sujeitos, analisou-se os casos acompanhados e percebeu-se que deslocamentos são possíveis nesse tipo de estrutura e que é no manejo da palavra, da transferência e na interpretação da brincadeira, que a forma de organização psíquica se dá sobre um tempo que não é lógico, e diz de um lugar em que a experiência do corpo (cair, cheirar e lamber) faz contorno e possibilita uma inscrição no simbólico.