Autor(es): Marques, Flávio de Oliveira
Data: 2011
Origem: Oasisbr
Assunto(s): Acidose; Cloro; Diálise Renal
Autor(es): Marques, Flávio de Oliveira
Data: 2011
Origem: Oasisbr
Assunto(s): Acidose; Cloro; Diálise Renal
A acidose metabólica tem complexas e múltiplas etiologias em pacientes em hemodiálise (HD), como os ânions não-mensuráveis e a hipercloremia. O objetivo desse estudo foi de observar a influência do cloro no dialisato no controle da acidose metabólica dessa população. O estudo de intervenção aberto foi realizado em único centro de diálise na cidade de Fortaleza, no período de abril a julho de 2009. Trinta pacientes foram submetidos a uma concentração de cloro no dialisato de 111 mEq/L por quatro semanas, e depois a uma concentração de 107 mEq/L por mais quatro semanas. Sangue arterial foi colhido imediatamente antes da segunda sessão de diálise da semana, de acordo com a fase do estudo, e a abordagem de físico-química de Stewart foi aplicada. O “gap” de íons fortes (SIG) diminuiu (7.5±2.0 mEq/L vs. 6.2± 1.9 mEq/L, p=0.006) e o excesso de base standard (SBE) aumentou após o uso de do dialisato com menor concentração de cloro (-6.64±1.7 vs. -4.73±1.9, p<0.0001). A variação do SBE (∆SBE) teve uma correlação inversa com a variação do SIG (∆SIG) entre as fases do estudo (r= -0.684, p<0.0001) e não teve correlação com a variação do cloro (∆cloro). Ao aplicar o modelo de Stewart, a menor contração de cloro no dialisato pode interferir no controle da acidose metabólica em pacientes em HD, surpreendentemente por efeitos nos ânions não-mensuráveis.