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A importância clínica da vitamina D

Author(s): Pinheiro, Tânia Marisa Macedo

Date: 2015

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10284/5301

Origin: Repositório Institucional - Universidade Fernando Pessoa

Subject(s): Vitamina D; 25-hidroxivitamina D; 1,25-dihidroxivitamina D; Avaliação laboratorial; Vitamin D; 25-hydroxyvitamin D; 1,25 dihyroxy vitamin D; Laboratory assessment


Description

Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas

Nos últimos anos, o papel fisiológico da vitamina D tem sido amplamente estudado. A sua ação primordial no metabolismo do cálcio é já bem conhecida, sendo esta uma das hormonas responsáveis pela manutenção dos níveis de cálcio sérico, através da promoção da absorção de cálcio e fósforo a partir do intestino e da reabsorção óssea de cálcio. No entanto, o interesse clínico na vitamina D não se restringe apenas ao metabolismo fosfocálcio, mas também se manifesta em várias outras condições médicas (diabetes, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla, câncer, distúrbios psiquiátricos, doenças neuro-muscular). De facto, evidências recentes correlacionam níveis insuficientes de vitamina D, com um risco aumentado de desenvolvimento de outras doenças, não relacionadas com a componente óssea. A elevada prevalência de níveis inadequados de vitamina D é hoje em dia encarada como um problema de saúde pública que afeta vários países da Europa e os EUA. Por este motivo, e pelo conhecimento do crescente número de doenças associadas a esta deficiência, a medição exata dos níveis de vitamina D tem assumido elevada relevância na clínica. Desta forma, o número de análises para avaliação da quantidade de vitamina D para fins de diagnóstico aumentou significativamente. A concentração de 25- hidroxivitamina D (25(OH)D) é o parâmetro de rotina, mas a determinação de outros metabolitos, em particular a forma fisiologicamente ativa 1,25 dihidroxivitamina D (1,25(OH)2D) pode ser também de interesse clínico. No entanto, os níveis séricos de 25(OH)D são o melhor indicador do conteúdo corporal de vitamina D, uma vez que reflete a quantidade obtida a partir da ingestão e exposição à luz solar, assim como da conversão de vitamina D a partir de depósitos de gordura no fígado. As últimas orientações da Endocrine Society sugerem o rastreio do défice de vitamina D apenas em indivíduos em risco e não na população em geral. Nestes doentes, recomenda-se a medição da 25(OH)D sérica circulante, por um método analítico fiável. Ao longo dos anos, técnicas de quantificação de 25(OH)D e a 1,25(OH)D têm aumentado e evoluído. Estes métodos são baseados em ensaios de ligação competitiva por meio de imunoensaio e cromatografia líquida associados com espectrometria de massa, no entanto estes têm demonstrado vários desafios analíticos, sendo que as vantagens e desvantagens de cada método mudam constantemente com novos desenvolvimentos tecnológicos. Os imunoensaios continuam a ser o modo predominante de medição para 25(OH)D, embora os problemas com a recuperação equimolar dos metabolitos D2 e D3 permanecem um problema. O défice de vitamina D é definido por um valor de 25(OH)D inferior a 20 ng/mL (50 nmol/L). Em indivíduos em risco recomenda-se a ingestão de vitamina D na dieta, de acordo com a idade e situações especiais (gravidez, amamentação, obesidade e toma concomitante de alguns fármacos). Para o tratamento e prevenção do défice de vitamina D sugere-se a utilização de qualquer das isoformas de vitamina D (o colecalciferol ou vitamina D3 e o ergocalciferol ou vitamina D2, em dose dependente do grupo etário e das necessidades específicas.

In recent years, the physiological role of vitamin D have been widely studied intensively. Its primary action on the calcium metabolism is well known, this being one of hormones responsible for the maintenance of serum levels of calcium, by promoting calcium and phosphorus absorption from the intestine and from bone calcium resorption. However, clinical interest in vitamin D is not restricted to the fosfocalcium metabolism but also is affects several other medical conditions (diabetes, cardiovascular disease, multiple sclerosis, cancer, psychiatric disorders, neuro-muscular disease). In fact, recent evidences correlates insufficient levels of vitamin D with an increased risk of developing other diseases, not related to bone component. The high prevalence of inadequate vitamin D levels is nowadays seen as a public health problem that affects several countries in Europe and the USA. For this reason, and the knowledge of the growing number of diseases associated with this deficiency, the exact measurement of vitamin D levels has assumed great relevance in the clinic practice. Thus, the number of assays to determine circulating vitamin D for diagnostic purposes has increased significantly. Circulating 25 hydroxyvitamin D (25 (OH)D) concentration is routinely used, but measurement of other metabolites, especially the physiologically active 1,25 dihydroxyvitamin D (1,25 (OH)2D), are of clinical value. However, serum levels of 25(OH)D are the best indicator of vitamin D body content, as it reflects the vitamin obtained from dietary intake and exposure to sunlight, as well as the conversion of vitamin D from fatty deposits in liver. The latest Endocrine Society guidelines suggest screening for vitamin D deficiency only in individuals at risk and not in the general population. In these patients, it is recommended the measurement of 25(OH)D circulating in serum, by a reliable analytical method. Over the years, the development of the methods to quantify 25(OH)D and 1,25 (OH)2D have increased and evolved. These method are based in competitive binding assays through to immunoassay and liquid chromatography aligned to mass spectrometry, however these have demonstrated various analytical challenges, the advantages and disadvantages of each method are constantly changing with new technological developments. Immunoassay remains the predominant mode of measurement for 25(OH)D although problems with equimolar recovery of the D2 and D3 metabolites remain an issue. The vitamin D deficiency is defined by a value of 25 (OH) D lower than 20 ng/mL (50 nmol/L). In individuals at risk, the intake of dietary vitamin D according to the age and special medical conditions is recommended (pregnancy, breastfeeding, obesity and concomitant intake of drugs). For treatment and prevention of vitamin D deficiency it is suggested the use of any of the isoforms (cholecalciferol or vitamin D3 and ergocalciferol or vitamin D2) in an age-dependent and individual dose.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Souto, Renata; Pimenta, Adriana
Contributor(s) Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa
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