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Adaptação da escala do conforto térmico para a população portuguesa

Author(s): Martins, Ana Catarina

Date: 2015

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/10876

Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto

Subject(s): Hipotermia; Temperatura corporal; Conforto; Psicometria; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde


Description

A procura de conforto é transversal a todas as pessoas em qualquer etapa do seu ciclo vital. Porém, em situações de comprometimento da saúde, na presença de uma doença, em situações socialmente vulneráveis ou outras que deixem as pessoas mais fragilizadas, este conceito ganha particular interesse, dado a sua abrangência e aplicabilidade (Ribeiro e Costa, 2012). Segundo Apóstolo (2009), o conforto tem sido reconhecido como um elemento da enfermagem, mas é ainda uma área que necessita de mais investigação. A teoria de médio alcance de Kolcaba centra o conforto no alvo de ação dos enfermeiros. A autora refere que as intervenções dirigidas ao conforto devem abranger a satisfação de necessidades básicas humanas (o alívio, a tranquilidade e a transcendência). Ao promoverem o conforto, os enfermeiros ajudam os doentes a ultrapassar de uma forma eficaz o momento de transição que possam estar a vivenciar, em particular durante o processo de hospitalização. O conforto térmico é uma forma particular de conforto, pouco estudado, embora constitua um foco de atenção da enfermagem, valorizado particularmente em contexto perioperatório. Wagner, Byrne e Kolcaba desenvolveram uma escala de avaliação do conforto térmico (ECT) no período perioperatório. O objetivo principal do presente estudo visou a adaptação dessa escala para o contexto português. A adaptação de instrumentos de medida que promovam uma avaliação fidedigna da condição da pessoa, permitindo ajuizar com segurança e economizar tempo despendido nos cuidados é uma mais-valia no contexto da prática clínica. Neste sentido, desenvolveu-se um estudo de natureza metodológica, com três amostras não probabilísticas de conveniência recrutadas em três locais independentes (um serviço de medicina interna, uma unidade de cuidados pós anestésicos e um bloco operatório de três instituições de saúde do norte do país). Através de uma entrevista, os participantes responderam à ECT adaptada para este estudo, a duas escalas de ansiedade (uma visual analógica e à subescala da ansiedade da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar de Ribeiro et al., 2007), uma escala visual de conforto térmico e a uma escala de conforto geral. Estas últimas escalas foram alvo de um estudo paralelo, em que, também colaboramos no seu processo. Usou-se ainda um questionário sociodemográfico e clínico construído para o estudo. Os resultados encontrados mostram que o conforto térmico é uma área valorizada do conforto global, que a idade, condição física e a ansiedade relativa aos procedimentos hospitalares são factores associados ao desconforto térmico. A ECT apresenta uma estrutura bidimensional (dimensão física e dimensão emocional), em que a dimensão física mostra ter maior peso no conforto térmico. Os resultados encontrados permitem ajuizar acerca da validade de constructo, validade fatorial, validade de critério e consistência interna do instrumento de medida. Assim, a ECT parece reunir um conjunto de propriedades métricas para ser aceite e utilizada na prática clínica.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Santos, Alzira Teresa
Contributor(s) Repositório Comum
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