Author(s):
Chambel, Clara Isabel Prioste
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/12649
Origin: Instituto Politécnico de Portalegre
Subject(s): envelhecimento; reforma; modos de ocupação do tempo; meio rural; aging; retirement; free time; rural area
Description
Este estudo dirige-se a um universo restrito de 20 indivíduos, todos eles na condição de reformados, residentes em contexto institucional e domiciliário, em meio rural (freguesia de Avis), pretendendo-se interpretar os modos de ocupação do tempo dos entrevistados após a transição para a reforma. A trajetória de vida, assim como diversos fatores pessoais, biológicos, sociodemográficos, económicos e outros relacionados com o ambiente físico e social, são essenciais para se compreender as opções tomadas, assim como as necessidades existentes e os constrangimentos na prática de determinadas atividades. Recorrendo à metodologia qualitativa e, designadamente, à entrevista semiestruturada, verificou-se que as atividades mais praticadas são fisicamente passivas e que vários reformados se dedicam a atividades produtivas não remuneradas. A saúde é um dos principais fatores que influenciam as práticas e contribuem para a compreensão dos modos de ocupação dos tempos livres. Os reformados domiciliados aproximam-se mais de um envelhecimento ativo do que os institucionalizados, o que resulta de redes interpessoais mais alargadas, de uma maior participação em atividades diversificadas e de características sociodemográficas específicas. Um dos pontos de chegada da presente investigação prende-se com o facto da maioria dos reformados entrevistados não se enquadrar no conceito de envelhecimento ativo, como teremos oportunidade de demonstrar.
This study is aimed at a limited universe of 20 individuals, all of them retirees living in a retirement home or in their own home in a rural area (Avis), and intends to interpret engagement in free time activities by respondents after their transition to retirement. Life course as well as several personal, biological, socio-demographic and economic factors, and the physical and social environment, are essential for understanding the choices made by these retirees as well as their needs and constraints concerning certain activities. We conducted the study using a qualitative methodology and a semi-structured interview to collect data and we found that the most popular activities are physically passive and several retirees engage in unpaid productive activities. Health is one of the main factors that influences activities and contributes to the understanding of how retired people spend their free time. Retirees who live in their own home are closer to active aging than the ones who are institutionalized, which is the result of wider interpersonal networks, increased participation in diversified activities and specific socio-demographic characteristics. One of the conclusions of the investigation relates to the fact that most retired respondents do not fall within the active aging framework as we shall demonstrate.