Author(s): Polido, Ana Vitória Fidalgo
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/13020
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Cérebro; Vetorização cerebral; Barreira hematoencefálica; Nanotecnologia
Author(s): Polido, Ana Vitória Fidalgo
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/13020
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Cérebro; Vetorização cerebral; Barreira hematoencefálica; Nanotecnologia
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
O cérebro, sendo um dos órgãos mais nobres e delicados do organismo humano encontra-se extremamente protegido da entrada de substâncias potencialmente nocivas ao desempenho das suas funções através da barreira hematoencefálica (BHE) que, por meio de processos físicos e enzimáticos, controla também o aporte cerebral de nutrientes. Contudo, os mesmos mecanismos que têm um importante papel na sua proteção e nutrição limitam também a passagem de fármacos para os tecidos neuronais, constituindo assim um obstáculo no tratamento de determinadas patologias. Assim, o tratamento de doenças mentais e neurológicas como a esclerose múltipla, o Parkinson, o Alzheimer e alguns tumores cerebrais constituem um enorme desafio para a Medicina e a Tecnologia Farmacêutica. A vetorização cerebral de fármacos é uma das estratégias que permite contornar a dificuldade de veicular substâncias ao cérebro e tem como principais objetivos a maximização dos seus efeitos terapêuticos e a diminuição da sua toxicidade através do direcionamento destes ao seu local de ação. De um modo geral, as estratégias de veiculação e vetorização cerebral de fármacos inserem-se em três categorias distintas: manipulação e modificação química de fármacos, alteração transitória da permeabilidade da BHE e recurso a vias de administração alternativas. Dentro de cada uma delas distinguem-se diferentes abordagens que variam entre técnicas não invasivas, como a encapsulação de fármacos em lipossomas e nanopartículas, e técnicas invasivas como a injeção direta de fármacos na circulação cerebral como ocorre na administração intracerebral (IC) e intraventricular (IVT) de fármacos. Não existe, no entanto, nenhum método totalmente eficaz e desprovido de efeitos adversos ou limitações. Na presente monografia abordam-se as diferentes estratégias de veiculação e vetorização de fármacos ao cérebro, referindo-se as suas vantagens e desvantagens, com particular destaque para as formulações atualmente disponíveis no mercado.