Author(s):
Mendes, Joana Filipa Ginja Sebastião Caldeira
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/14145
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Nosocomial; Prevalência; Microrganismos resistentes; Controlo de infeção
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
A Infeção Nosocomial é um dos maiores desafios da medicina atual. Está associada a elevadas taxas de morbilidade e mortalidade e representa um elevado custo social e económico para os sistemas de saúde, países e população. Os valores das taxas de prevalência das infeções nosocomiais em Portugal são bastante elevados relativamente aos valores da média europeia. Sabe-se que através da implementação de medidas de prevenção e controlo, é possível reduzir as taxas de prevalência e de mortalidade destas infeções. Os casos reportados de infeções nosocomiais causadas por estirpes de microrganismos resistentes aos antimicrobianos continuam a aumentar. A emergência e a seleção de microrganismos resistentes e multirresistentes acontecem devido ao uso inadequado dos antimicrobianos. É por isso imprescindível perceber quais os antimicrobianos mais indicados para o tratamento de cada tipo de infeção, de modo a implementar uma política de prescrição e consumo de antimicrobianos que se adeque às necessidades atuais. A implementação desta política só é possível se houver uma dinamização do sistema de vigilância epidemiológica. Torna-se fundamental proceder a uma análise do programa de saúde que contempla as estratégias de intervenção na área das infeções nosocomiais e das resistências aos antimicrobianos. Com este trabalho, pretende-se: averiguar as definições dos tipos de infeções nosocomiais mais prevalentes e analisar a sua epidemiologia, fisiopatologia, fatores de risco, etiologia e diagnóstico; refletir sobre a evolução do uso dos antimicrobianos e sobre o consequente impacto na emergência e difusão de estirpes resistentes e prever o futuro das infeções causadas por estes microrganismos; analisar as taxas de prevalência das infeções nosocomiais em Portugal; investigar sobre a evolução do controlo de infeção em Portugal, as medidas atualmente em vigor e as recomendações da União Europeia sobre este assunto; proceder ao levantamento da terapêutica utilizada e recomendada a nível mundial no tratamento destas infeções.