Author(s):
André, Tiago Alexandre de Castro
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/15589
Origin: Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna
Subject(s): al-Qaeda; Estado Islâmico; Internet; Islamismo Radical; Jihadismo Global; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Description
Os ataques terroristas perpetrados na década passada em Madrid e Londres, assim como os mais recentes realizados em França e na Bélgica, demonstram que o Jihadismo deixou de ser um fenómeno importado, passando a ser materializado na Europa por cidadãos nascidos e posteriormente radicalizados ou recrutados neste continente. As células Jihadistas estenderam-se e multiplicaram-se por todo o território europeu, sendo diariamente intercetadas pelas forças de segurança locais. Se antes se considerava que esta ameaça estava distante, agora é vista como o principal problema a assolar a segurança europeia. O nível desta ameaça aumenta exponencialmente devido à progressiva utilização das novas tecnologias pelos diversos grupos terroristas, em especial da Internet, permitindo-lhes estar sempre em contacto, bem como, planear os atentados terroristas com antecedência e com uma maior taxa de sucesso. Para além disto, concede-lhes o anonimato e a privacidade necessários para disseminar a sua mensagem e propagar a ideologia radical, tornando a missão de os vigiar e monitorizar, por parte das forças e serviços de segurança, mais difícil de concretizar. A luta dos governos europeus contra estes grupos Jihadistas, encabeçados pela al-Qaeda e, principalmente, pelo auto proclamado Estado Islâmico, tem sido marcada por ataques e contra-ataques efetuados por ambas as partes, perfazendo-se cada vez mais como um combate de longa duração contra o terrorismo e o extremismo islâmico.
The terrorist attacks perpetrated in the last decade in Madrid and London, along with the most recently occurred in France and Belgium, show that Jihadism is no longer an imported phenomenon. It now materializes itself in Europe through citizens born, radicalized and recruited in this continent. The jihadist cells multiplied and expanded throughout the entire european territory - with some of them being intercepted on a daily basis by local security forces. If this is a menace that was once considered distant, it is now seen as the foremost threat to european security. The level of this threat increases exponentially due to the progressive adoption of new technologies by the various terrorist groups - especially the Internet - which allow them to be in permanent contact, and in so doing, aiding in the premeditation and increased sucess rates of terrorist attacks. Moreover, it grants terrorists both the anonimity and privacy necessary to sow their message and propagate their radical ideology. This, in turn, increases the security forces's difficulty in regards to their monitoring and surveillance. The european government's fight against these Jihadist groups, headed by the al-Qaeda and, mainly and most recently, by the self-proclaimed Islamic State, has been marred by attacks and counter-attacks from part to part, setting itself ever more as a long-duration battle against terrorism and islamic extremism.