Author(s):
Rodrigues, Carlos Miguel Nunes
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/16237
Origin: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Subject(s): Enfermagem em reabilitação; Acidente vascular cerebral; Espasticidade muscular; Autocuidado; Intervenções de enfermagem; Teoria do autocuidado
Description
Mestrado, Enfermagem de Reabilitação, 2014, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
O AVC constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial, e em Portugal constitui a principal causa de dependência e de incapacidade, principalmente nas pessoas mais idosas. As suas consequências podem ser de grande impacto, motivando uma procura grande de recursos de diagnóstico, tratamento e recuperação, tratando-se de um importante problema de saúde. A pessoa que tem um acidente vascular cerebral (AVC) poderá apresentar vários problemas associados à lesão neurológica. Dependendo da etiologia, localização e gravidade inicial do AVC, podem surgir perda de força e de sensibilidade, distúrbios de linguagem, perda do equilíbrio da ou coordenação, distúrbios visuais, bem como a incontinência intestinal e vesical. Neste relatório, centro-me particularmente nas disfunções motoras, nomeadamente naquelas que envolvem alteração do tónus muscular devido à ocorrência de um AVC. As alterações de tónus muscular condicionam o processo de reabilitação de um doente com AVC, pois a um período de flacidez inicial pode seguir-se um período de espasticidade. O início da espasticidade é variável e pode ocorrer a curto, médio ou longo prazo. O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação (EEER) tem uma função importante na gestão da espasticidade e, por isso, o conhecimento de intervenções específicas que previnam a espasticidade e que promovam o autocuidado é fundamental. Estes profissionais devem estar capacitados para avaliar as necessidades de autocuidado de um doente com AVC, sejam elas reais ou potenciais. Para isso é central a análise rigorosa quer dos fatores condicionantes básicos, quer dos requisitos de autocuidado. Só assim o EEER consegue atender à individualidade de cada ser humano e dos seus conviventes significativos, procurando dar resposta a todas as necessidades físicas, psicológicas e psicossociais.