Author(s): Costa, Vanessa Sofia Henriques da
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/16379
Origin: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Subject(s): Qualidade dos cuidados de enfermagem; Cuidados de enfermagem
Author(s): Costa, Vanessa Sofia Henriques da
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/16379
Origin: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Subject(s): Qualidade dos cuidados de enfermagem; Cuidados de enfermagem
Mestrado, Gestão em Enfermagem, 2014, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
A sustentabilidade financeira do SNS tornou necessária a melhoria da gestão no sentido da contenção de custos. As medidas utilizadas têm efeito direto na remuneração dos enfermeiros, na precariedade dos contratos de trabalho, na redução de recursos humanos e nos direitos a reformas. A redução de recursos humanos provoca o aumento do rácio cliente/enfermeiro e o aumento da carga de trabalho, pondo em causa a qualidade dos cuidados prestados. Apesar do pluriemprego ser uma prática anterior à reestruturação, as atuais condições precárias de trabalho tornam necessário o aumento do número de horas de trabalho semanal, pelo que surge a necessidade de identificar as perceções dos enfermeiros quanto às implicações para o enfermeiro e para o cliente. Objetivos: Identificar os fatores relacionados com o pluriemprego que os enfermeiros consideram influenciar os cuidados de enfermagem que prestam aos clientes; analisar as perceções dos enfermeiros quanto à influência que esses fatores têm na qualidade dos cuidados. Métodos: O estudo é de natureza qualitativa, como estudo descritivo exploratório, com recurso à aplicação de entrevista semi-estruturada a uma amostra de 17 enfermeiros, 7 enfermeiros que trabalham atualmente em pluriemprego, 5 enfermeiros que já trabalharam em pluriemprego mas que atualmente não o fazem e 5 enfermeiros que nunca trabalharam em pluriemprego. Resultados: Neste estudo infere-se haver relação entre o pluriemprego e as dimensões “experiencia profissional” e “continuidade dos cuidados”. O “aumento do número de horas de trabalho” e o “rácio enfermeiro/cliente” estão associados à “desmotivação do profissional” e à “fadiga”. A “fadiga” foi a dimensão mais referida pelos enfermeiros, e está relacionada com o pluriemprego. Esta é relacionada com a “capacidade de raciocínio do profissional”, com o “risco de não perceção de alteração do estado geral do cliente” e com a segurança do cliente, mencionada como o “erro terapêutico”, não estando esta ultima diretamente relacionada com o pluriemprego. Deste modo o tempo de “descanso” é referido como fundamental para a qualidade dos cuidados. Conclusões: A maioria dos enfermeiros que já trabalharam em pluriemprego e os que nunca trabalharam em pluriemprego consideram que quando um enfermeiro trabalha em pluriemprego, existem implicações negativas para a qualidade dos cuidados. Contudo, a maioria dos enfermeiros que trabalham em pluriemprego considera que não é pelo facto de trabalhar em pluriemprego que se verificam implicações na qualidade dos cuidados, uma vez que a fadiga pode ter diferentes fatores precipitantes, sejam de ordem social (convívios, viagens, exercício físico,…), familiar (filhos, trabalho domestico,…), psicológica ou emocional.