Author(s):
Vale, Andreia Filipa Guerreiro do
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/18136
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Anticoagulação; Anticoagulantes orais; Procedimentos dentários; Normas
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
As doenças cardiovasculares são atualmente um grande problema de saúde pública. Fatores como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, hábitos alimentares e o próprio envelhecimento natural do indivíduo levam ao surgimento de alterações metabólicas e fisiológicas no organismo que se traduzem numa maior ocorrência destas doenças. Muitas vezes, o seu tratamento passa pela administração de fármacos anticoagulantes, que possuem como objetivo terapêutico principal a redução significativa da coagulação sanguínea sem aumentar significativamente o risco hemorrágico, prevenindo assim a formação de trombos, o que acaba por proteger o paciente da ocorrência de eventos tromboembólicos fatais. Na terapêutica crónica normalmente são utilizados os antagonistas da vitamina K (AVK), onde se destaca a varfarina e mais recentemente os novos anticoagulantes orais (NACO) como o dabigatrano etexilato, rivaroxabano, apixabano edoxabano. Devido ao aumento da prevalência de doenças cardiovasculares com mais indivíduos a realizar terapêutica anticoagulante e já que tendência atual é a de manter e conservar a dentição é expectável que o médico dentista se depare cada vez mais com pacientes anticoagulados que necessitem de realizar tratamentos médico-dentários. Embora existam várias publicações acerca desta temática, a gestão dos pacientes anticoagulados sujeitos a estas intervenções continua a suscitar muitas questões entre a classe médica. Uma vez que certos procedimentos dentários acarretam algum grau de hemorragia, é importante que o médico dentista consiga avaliar tanto o risco tromboembólico de cessar a terapêutica anticoagulante como o risco hemorrágico se continuar no mesmo regime terapêutico. A prévia avaliação detalhada do paciente permite que o clínico execute os seus procedimentos com mais segurança e prepara-o para possíveis complicações. Objetivos: Rever quais os fármacos anticoagulantes disponíveis no mercado português; Aferir o que indicam as guidelines atualmente existentes na gestão do paciente a realizar terapia anticoagulante oral e que necessite de realizar simultaneamente tratamentos médico-dentários; Propor normas terapêuticas de atuação.