Author(s):
Carvalho, Mariana de Albuquerque
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/18912
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Bruxismo do sono; Bruxismo de vigília; Etiologia periférica; Etiologia central; Aparelhos intraoclusais; Estimulação elétrica funcional; Biofeedback
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
O bruxismo tem uma etiologia multifatorial, estando associado a agentes periféricos, como são as alterações morfológicas e oclusais, e a uma etiologia central de que se destacam as interferências psicossociais como o stress, que envolvem os gânglios da base e os neurotransmissores cerebrais, os fatores genéticos e os comportamentais. Os bruxómanos evidenciam-se por uma hiperatividade dos músculos mastigatórios no bruxismo de vigília (BV) ou do sono (BS) e pelo ranger ou apertar dos dentes, desconforto ou dores temporomandibulares ou orofaciais, enxaquecas ou cefaleias. Dependendo das causas diagnosticadas, de acordo com a classificação de possível, provável e definitivo e os critérios clínicos e, definidos pelo Consensus International, os especialistas e os médicos dentistas deverão considerar o (BS) como um fenómeno e não um distúrbio, uma vez que a atividade muscular, poderá, em alguns casos, não ser patológica e como tal não necessitar de tratamento per se. O bruxismo no paciente geriátrico, nosso objeto de estudo e caso clínico, pode ser desencadeado pela redução das capacidades anatómicas e fisiológicas do corpo causadas pelo envelhecimento natural ou por limitações físicas e mentais, com patologias e medicação específica que pode comprometer a sua saúde dentária e desencadear hábitos e comportamentos bruxómanos. Devem, por isso, investigar-se, sobretudo, a atividade muscular e as consequências clínicas, concentrando-se a atenção na sintomatologia que se observa no triângulo bruxismo/dor/fatores psicossociais, apostando, em cada caso, na multidisciplinaridade de protocolos e no cruzamento de diferentes tipos de abordagens diagnóstica e terapêutica. Tal como a fisioterapia e a acupunctura ou a hipnose, a estimulação elétrica funcional (EEF) e o biofeedback são abordagens hoje aceites como conceitos terapêuticos inovadores, acompanhados ou não de terapia de suporte farmacológico, sobretudo quando se trata de (BV), associado a distúrbios e patologias do (SNC) e comportamentais, mais facilmente, autorreguladas e corrigidas.