Author(s):
Costa, Sara Isabel Alcobia Valente
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/18967
Origin: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Subject(s): Enfermagem comunitária; Vulnerabilidade; SIDA; Qualidade de vida; Educação em saúde
Description
Segundo a literatura, adesão terapêutica à medicação antirretroviral é fundamental para a manutenção do estado de saúde e melhoria da qualidade de vida nas pessoas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). A falta de apoio socioeconómico e familiar torna-se um fator acrescido de exclusão social e vulnerabilidade, dificultando por isso, a efetividade do tratamento e agravando a qualidade de vida desta população. Assim, é imprescindível que o enfermeiro dotado de conhecimento, experiência, capacidades e habilidades, mobilize as ferramentas adequadas para avaliar as necessidades deste grupo, e desenvolva intervenções ou projetos com vista à educação, capacitação e promoção da sua saúde. Este processo desenvolve-se através do Planeamento em Saúde, que visa um conjunto de etapas procurando uma mudança no comportamento e hábitos da população, e com isso ganhos efetivos em saúde. Este projeto de intervenção comunitária intitula-se “Adesão terapêutica na promoção da qualidade de vida: Intervenções de Enfermagem centradas na pessoa com VIH” foi desenvolvido no Centro Santa Maria Madalena (CSMM), com o objetivo geral de “promover a qualidade de vida das pessoas com VIH acompanhadas no CSMM, através do desenvolvimento de competências na adesão terapêutica”. Foi utilizado como referencial teórico neste trabalho a Teoria do Défice do Autocuidado de Dorothea Orem. Para o diagnóstico da situação foram aplicados dois instrumentos de avaliação, a WHOQOL-HIV-BREF e o CEAT-VIH, dos quais todos os resultados foram trabalhados pela aplicação Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Identificados posteriormente os problemas, foi utilizada a Grelha de Análise que permitiu priorizar, resultando os seguintes diagnósticos: Défice de conhecimentos relacionados com o bem-estar; Bem-estar diminuído e Atitude face ao cuidado comprometida. As estratégias de intervenção basearam-se em técnicas cognitivo-comportamentais numa metodologia de grupo e individual com foco na mudança de comportamento e avaliadas tendo em conta indicadores de processo.