Author(s):
Galamba, Maria Amélia Fialho
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/20183
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Anfetaminas; Derivados da anfetamina; Usos terapêuticos; Usos recreacionais
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
As anfetaminas foram descobertas há mais de 100 anos. No entanto, desde os tempos primórdios que esta era consumida pelo Homem, na sua forma natural, estando presente em plantas, como por exemplo a catinona e a efedrina, derivando da Catha edulis e da Ephedra sínica, respectivamente. Os compostos alcalóides produzidos por estas plantas, farmacologicamente ativos, apresentam como molécula base a β- feniletilamina, molécula esta também partilhada pelas anfetaminas sintetizadas em laboratório. A primeira vez que a anfetamina terá sido sintetizada remonta para o ano de 1887, na Alemanha, e desde então muitos outros compostos, derivados da anfetamina, foram surgindo no mercado, sendo o MDMA e a metanfetamina os mais reconhecidos, e praticamente utilizados, atualmente, para uso recreacional. Apesar do potencial de dependência elevado que lhe está associado, existem vários derivados da anfetamina com indicações terapêuticas. Um desses casos é o metilfenidato, também abordado na presente monografia, que consta de um reportório de estudos realizados, que comprovam a sua eficácia no tratamento de perturbação da hiperactividade e défice de atenção e da narcolepsia. Uma grande variedade de novas substâncias psicoactivas, nas quais estão englobadas algumas anfetaminas, tem emergido no mercado, sendo que em 2016 o aparecimento das NPS verificou-se em 102 países, e a tendência é para subir todos os anos. Embora os resultados no tratamento de várias patologias sejam promissores, devido aos efeitos que provocam no Sistema Nervoso Central, podem também causar danos no organismo e tornar-se um risco para a saúde pública. Também os compostos produzidos de forma ilícita, derivados da substância em questão, têm vindo a marcar a sua presença de forma progressiva. Começaram a ter destaque nos anos 90, com o aparecimento das “raves”, e a partir daí o seu consumo, pela população europeia, tem vindo a aumentar.