Author(s): Mascote, Catarina Samuel
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/20211
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Micobioma oral; Saúde; Doença; Métodos
Author(s): Mascote, Catarina Samuel
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/20211
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Micobioma oral; Saúde; Doença; Métodos
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
O presente trabalho é uma revisão dos constituintes do micobioma oral em indivíduos saudáveis e doentes à luz das novas técnicas genómicas e metagenómicas disponíveis para identificar e caracterizar os fungos. Em relação aos indivíduos doentes a revisão centrou-se em pacientes com doenças sistémicas e com fatores predisponentes para a ocorrência de infecções da cavidade oral. Estes são alguns dos grupos de indivíduos que muitas vezes comparecem na consulta de Medicina Dentária e é importante para o Médico Dentista manter-se actualizado nesta área em constante evolução de modo a que possa agir eficazmente ao nível do diagnóstico, terapêutica e prevenção das doenças orais causadas por fungos. Foi efectuada uma pesquisa na PubMed com as palavras-chave “Oral mycobiome” (24 resultados) e “oral” “fungal” “microbiota” (43 resultados). Foram seleccionados 18 artigos de acordo com objectivos do trabalho assim como bibliografia citada neles. Deu-se preferência aos artigos com menos de cinco anos. Embora os métodos de cultura ainda continuem a ser utilizados rotineiramente no laboratório de Microbiologia, os métodos moleculares têm vindo a ganhar terreno à medida que se tornam mais rápidos e precisos. Com estes descobriu-se que o micobioma oral em indivíduos saudáveis é constituído por cerca de 74 géneros cultiváveis e 11 não cultiváveis, num total de 101 espécies, sendo Candida, Aspergillus, Fusarium, Cryptococcus, Cladosporium, Aureobasidium, Sacharomicetales os géneros mais frequentemente identificados da cavidade oral. Em indivíduos com doenças como a diabetes mellitus e infecção por VIH o micobioma oral difere do dos saudáveis, nos géneros e espécies identificadas e na sua abundância. Muitos destes fungos já tinham sido identificados anteriormente por estudos baseados na cultura, no entanto com estas novas técnicas foram descobertos constituintes do micobioma oral que até à data ainda não se tinha conseguido identificar.